Os dias de Carlo Ancelotti no Real Madrid já foram mais tranquilos. Multicampeão, o treinador italiano – sonho antigo da Seleção Brasileira – vive um momento de pressão no clube espanhol. Ele mesmo admite o desgaste com parte da torcida, mas se apega à confiança do presidente Florentino Pérez.
Nesta segunda-feira (7/4), Ancelotti concedeu entrevista coletiva na véspera do duelo contra o Arsenal. As equipes se enfrentam nesta terça (8/4), a partir das 16h, no Emirates Stadium, pela partida de ida das quartas de final da Champions League.
Em dado momento, um jornalista lhe perguntou se ele entende que as pessoas se cansaram de vê-lo no comando do Real. O experiente treinador de 65 anos está no cargo desde 1º de junho de 2021, quando assumiu o lugar de Zinedine Zidane.
“Não sei, não sei (risos). Pode ser que muita gente tenha cansado. Não me parece que a pessoa mais importante (Florentino Pérez) esteja cansada, isso é o que importa”, iniciou Ancelotti.
“O mais importante está contente, está comigo, me apoia, me ajuda. Isso é o que conta. Todo o resto, se muitos estão cansados, para mim não importa. Que a pessoa mais importante deste clube não se canse”, completou o treinador, um dos alvos da Seleção para o lugar do demitido Dorival Júnior.
Ancelotti sob pressão no Real
O Real Madrid de Ancelotti está na disputa de todos os títulos da temporada. Vai enfrentar o arquirrival Barcelona na final da Copa do Rei e segue vivo na Champions.
No Campeonato Espanhol, é o vice-líder, com 63 pontos – quatro a menos que os 67 do Barça. Restam oito rodadas para o fim de La Liga.
A pressão sobre Ancelotti, contudo, aumentou nos últimos dias. O time piorou de desempenho e vem de tropeço no Espanhol: derrota por 2 a 1 para o Valencia no sábado, em pleno Santiago Bernabéu, pela 30ª rodada.
“Não podemos pensar na crítica quando temos uma partida a cada três dias. Falhamos na partida contra o Valencia, analisamos, avaliamos”, pontuou.
“O que disse depois da partida é exatamente o que penso agora da partida do outro dia: é preparar bem este jogo (contra o Arsenal), que é muito importante. São 90 minutos muito importantes, não decisivos, porque há outros 90 no Bernabéu”, completou Ancelotti.
