MARATONA DO RIO

Da cobertura à corrida: a Maratona do Rio pelos olhos de uma repórter do No Ataque

Repórter do No Ataque fez percurso de cinco quilômetros e observou o clima e a estrutura da Maratona do Rio

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Que a Maratona do Rio reúne grandes atletas, pessoas comuns e até mesmo artistas, não é novidade. Como jornalista, cobrir a prova segue a cartilha da maioria dos eventos esportivos: credencial, área de imprensa e entrevistas. Mas, dessa vez, o desafio foi maior. A missão de fazer uma cobertura literalmente in loco deixou tudo ainda mais divertido e diferente do usual.

Correr cinco quilômetros na Maratona do Rio estava fora de qualquer sonho ou objetivo meu. Nem por isso deixei de aceitar o – pequeno – desafio. Correr, pela primeira vez na vida! A minha preparação começou dois meses antes, mas não cheguei nem perto de correr, fiquei na academia, com um treino levemente mais pesado, para melhorar a resistência.

Dizer que o percurso da Maratona é lindo e cheio de cartões-postais é quase óbvio. O que faz diferença acredito que seja o clima. Embora eu nunca tenha feito outra corrida, o evento no Rio, por ser o maior da América Latina, já chega com um toque de emoção a mais para os amantes do esporte.

Nas datas das provas, a cidade respira quebra de recordes, superação e diversão – andando pelo espaço da Casa Maratona (a sede onde tudo acontece) escutei que era o “Rock In Rio da corrida”.

E o apelido faz jus! O rápido percurso pelo Aterro do Flamengo conta com vista para o Morro da Urca e muita animação. Ao longo dos cinco quilômetros, duas bandas ficaram posicionadas tocando músicas que contagiavam os corredores. O incentivo vem de todo lado, das pessoas assistindo na rua e até dos fotógrafos da prova, espalhados por todo o trajeto.

A prova conta com apenas um ponto de hidratação, que se estende por cerca de 100 metros, com bacias cheias de copos de água. Além disso, em determinada parte do percurso, logo depois dos dois quilômetros, uma ambulância estava à disposição para qualquer possível intercorrência.

Claro, os grandes corredores da prova são imbatíveis. No feminino, Jenifer Nascimento foi a campeã ao terminar com o tempo de 17 minutos e quatro segundos. No masculino, Fábio Jesus fez o percurso em 14 minutos e trinta segundos.

O tempo limite é de 90 minutos e, ao longo do trajeto, havia crianças, idosos e adultos em ritmos diferentes. Alguns andando, outros trotando. A definição para os cinco quilômetros é diversão, sem nenhum julgamento dos que estão na frente ou atrás. Ao cruzar a linha de chegada, é possível observar o tempo e a animação das pessoas ao redor, orgulhosas de si e dos outros por terem completado a prova. No fim, a medalha vira a menor das premiações em comparação com a experiência e o suor derramado.

* A repórter participou da Maratona do Rio a convite da organização do evento.

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