JOGOS PARALÍMPICOS

Favorito a medalha em Paris 2024 relembra 1ª ida à França: ‘Não pude tirar foto’

Paratleta mais rápido da história, Petrúcio Ferreira é o atual bicampeão paralímpico dos 100m T47 e buscará medalhas para o Time Brasil em Paris 2024
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Rio de Janeiro – Atual bicampeão olímpico, tetracampeão mundial e paratleta mais rápido da história. A carreira de Petrúcio Ferreira é espetacular, porém o paraibano de São José do Brejo do Cruz teve um início difícil no paratletismo. Na preparação para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, o paratleta, que é grande favorito a medalha na competição, relembrou que, na sua primeira ida à França – para competir em 2014 -, não teve condições de tirar uma foto na histórica cidade europeia. 

Em entrevista exclusiva ao No Ataque, o brasileiro que entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes, por ter a marca mais baixa no paratletismo – 10s29 em 100m -, falou sobre a oportunidade de voltar à França dez anos após a sua primeira convocação para a Seleção Brasileira de Paratletismo. Petrúcio lamentou não ter tido a oportunidade de levar registros de Paris aos familiares naquela oportunidade. 

“Eu fui para Paris na minha primeira convocação da Seleção, em 2014. Quando eu fui, eu não tinha nem celular para registrar o momento, para mostrar para a família: ‘Olha, eu estava em Paris, estava aqui na torre [Eiffel], tirei foto e mais’. Não tinha aparelho porque era difícil. Foi difícil para mim no início, mas hoje eu consegui dar essa volta por cima e tenho boas histórias de ida para Paris”

Petrúcio Ferreira, bicampeão paralímpico

Competidor da classe T47 – para pessoas com braço amputado -, Petrúcio Ferreira disputou a Olimpíada no Rio de Janeiro e em Tóquio e conquistou cinco medalhas: um ouro (100m) e duas pratas (400m e 4x100m misto) em 2016, e um ouro (100m) e um bronze (400m). Em Mundiais, o esportista é tetracampeão da prova dos 100m: ficou na primeira colocação em Londres 2017, Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024.

E justamente esta conquista em terras francesas no ano passado que deixa o brasileiro ainda mais confiante. Petrúcio Ferreira foi o porta-bandeira do Brasil no Mundial de Paratletismo de 2023 em Paris e conquistou mais uma medalha de ouro nos 100m na categoria T47. As lembranças da França são marcantes para o bicampeão olímpico. 

“Já estou indo para Paris acho que pela quarta ou quinta vez, então tenho boas histórias de ida para Paris […]. Sempre que vou, trago medalha para o nosso país e espero que esse ano não seja diferente. Ano passado eu estive no Mundial, que também é uma grande competição, e trouxe medalha. Em 2024, quero trazer também”, afirmou Petrúcio Ferreira. 

Além do paraibano, o Brasil terá outros representantes no atletismo na Paralimpíada de Paris, que começa em 28 de agosto. Ao todo, o país já garantiu 40 vagas para a modalidade que mais deu medalhas ao Time Brasil na última edição, em Tóquio: foram oito de ouro, nove de prata e 11 de bronze em 2021.

O repórter viajou ao Rio de Janeiro a convite da Petrobras para o evento de apresentação do time da empresa. Acompanhe o No Ataque nos próximos dias e veja mais entrevistas exclusivas com atletas que disputarão a Olimpíada e Paralimpíada de Paris, como Ana Patrícia e Duda Lisboa, dupla do vôlei de praia, Isaquias Queiroz, da canoagem, Keno Marley, do boxe, Laura Amaro, do levantamento de peso, e Milena TItoneli, do taekwondo, além de mais falas de Petrúcio Ferreira.

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