O Irã pediu, nesta terça-feira (23/7), por meio de comunicado do Ministério das Relações Exteriores, que os atletas israelenses sejam proibidos de participar dos Jogos Olímpicos de Paris que começam esta semana por causa do genocídio promovido por Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza.
A guerra do Estado contra o Hamas se intensificou há pouco mais de nove meses. Desde então, mais de 38 mil pessoas foram mortas, a maioria civis, e a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foi expulsa das próprias casas, segundo informações de autoridades de saúda palestinas.
Os atletas israelenses “não merecem estar presentes nos Jogos Olímpicos de Paris devido à guerra contra os inocentes de Gaza”, disse o Ministério no X, antigo Twitter.
O Irã não reconhece Israel e proíbe qualquer contato entre atletas iranianos e israelenses.
“Anunciar a recepção e proteção da delegação do regime terrorista sionista do apartheid apenas significa dar legitimidade aos assassinos de crianças”, acrescenta a mensagem, com a legenda #BanIsraelFromOlympics.
Posicionamento do governo da França
O governo francês reafirmou nessa segunda-feira (22/7) que a delegação israelense é “bem-vinda” em Paris 2024 e que a proteção dos atletas será garantida por uma unidade de elite da gendarmaria nacional.
Histórico recente da relação entre Irã e Israel no esporte
Em fevereiro, a Federação Iraniana de Futebol pediu à Fifa que suspendesse a Federação Israelense por causa da guerra em Gaza.
No ano passado, halterofilista iraniano foi banido por apertar a mão de atleta israelense durante uma competição na Polônia.
Em 2021, o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, instou os atletas a “não apertar a mão de um representante do regime criminoso (israelense) para obter uma medalha”.
