Integrante da equipe de atletismo do Brasil, o mineiro Rafael Pereira ficou chateado após eliminação na semifinal da prova de 110m com barreiras masculina nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Ele considera ter sido prejudicado pelo francês Sasha Zhoya.
No início da disputa, o brasileiro e o francês estavam fisicamente próximos – nas raias nove e oito, respectivamente. Rafael falou sobre as dificuldades que teve durante o percurso. “Hoje não só a barreira. O francês ali me puniu também. Agiu na maldade. Pegou no meu braço. No que ele pegou, eu me desequilibrei e bati o joelho, doeu bastante. Tentei uma reação ainda, com velocidade. Mas é difícil”, iniciou.
“Se você se prejudica na aceleração, não atinge top speed e não consegue finalizar. Então, hoje eu poderia sair insatisfeito aqui com várias coisas. Mas hoje só esse francês que segurou meu braço”, continuou.
Apesar da frustração, Rafael disse que todos os participantes querem fazer a melhor prova possível na disputa: “Mas é isso. É competição. Só tem leão, e é um leão brigando com o outro para chegar na frente”.
O brasileiro ficou na oitava posição, com tempo de 13.87 segundos, e foi o último colocado.
Alvo das críticas de Rafael, Zhoya ficou na terceira colocação, empatado com o senegalês Louis François Mendy, ambos com 13.34.
Apenas os dois melhores colocados, Rasheed Broadbell e Freddie Crittenden, avançaram para a final.
Quem é Rafael Pereira?
Formado em fisioterapia, o mineiro Rafael Pereira tinha se distanciado do atletismo para dar mais atenção à profissão. Entretanto, a pandemia de COVID-19 e o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio mudaram tudo. Ele decidiu retomar o foco no esporte e realizou o sonho de representar o Brasil em uma Olimpíada.
Natural de Contagem, na Grande BH, Rafael começou no atletismo com 14 anos, quando, por meio de um professor, conheceu o Clã Delfos – tradicional equipe da capital mineira.
