O ouro olímpico é um sonho, mas dividi-lo é uma opção? Para o neozelandês Hamish Kerr, campeão do salto em altura nos Jogos Olímpicos de Paris, e o americano Shelby McEwen, não. Nesse sábado (10/8), ambos optaram por brigar pela medalha no desempate.
Já era de conhecimento que o americano não quis dividir a medalha. Mas o neozelandês já havia pensado em não dividir o lugar mais alto do pódio faz tempo.
Isso porque anos atrás, em Tóquio, Mutaz Barshim, do Catar, e Gianmarco Tamberi, da Itália, compartilharam o ouro após o empate. Hamish Kerr, então, pensou em não repetir o ocorrido.
Em entrevista ao site Stuff, da Nova Zelândia, Hamish Kerr afastou a hipótese de que tenha concordado em dividir o ouro. “(Eu ficaria) tão orgulhoso do segundo lugar em um salto. Mais orgulhoso do que compartilhar, sabendo que isso já aconteceu”.
A decisão, inclusive, foi uma conjunta. “Eu sabia que Shelby estava com a mesma mentalidade. Nós olhamos um para o outro e foi bem simples. Nós dois apenas acenamos com a cabeça e lá fomos nós”, completou Kerr.
Empate e decisão
Shelby McEwen e Hamish Kerr ficaram empatados em tudo. A organização da prova, então, propôs a divisão do ouro – em que os dois ganhariam uma medalha e ocupariam o lugar mais alto do pódio. Com a decisão de ir para o desempate, ambos saltaram.
Hamish e Shelby inicialmente tentaram saltar 2m38. Depois, baixaram para 2m36. Na sequência, o neozelandês saltou para 2m34 após falha do americano na primeira tentativa.
Assim, Kerr ganhou o ouro e McEwen a prata. O bronze ficou com Mutaz Barshim, do Catar.