Depois de ter ficado apenas em quinto lugar no lançamento de club, Wanna Brito, 28, voltou ao Stade de France nesta quarta-feira (4/9) e se recuperou no arremesso do peso, conquistando a medalha de prata dos Jogos Paralímpicos de Paris na categoria F32.
As categorias F31 a F38 são para atletas com paralisia cerebral. F de “field” (para provas de campo) e os números 31 a 34 (cadeirantes) e 35 a 38 (andantes).
Wanna chegou à competição como a recordista mundial, com 7,85 m. Diferentemente do que ocorre no evento olímpico, no qual os atletas se revezam a cada arremesso, no paralímpico os seis arremessos são feitos na sequência pelo mesmo participante.
Na ordem pré-definida, a brasileira foi a segunda paratleta a participar da prova. E, logo em seu segundo arremesso, jogou o peso a 7,87 m de distância, novo recorde mundial. Em sua quinta tentativa, ela ainda dois centímetros mais longe, anotando 7,89 m.
Única representante do Amapá na delegação, Ela mal teve tempo para sentir o gostinho do ouro. Logo depois de sua participação, a ucraniana Anastasiia Moskalenko, 24, campeã paralímpica em Tóquio, anotou 7,98 m em sua segunda tentativa. Seu quinto arremesso foi ainda melhor, 8 m, novo recorde mundial.
Quem mais se aproximou depois das duas foi a russa Evgeniia Galaktionova, que fechou o pódio com 7,72 m.
Outra brasileira na prova, Giovanna Boscolo, 22, terminou em nono lugar, com 5,61 m como melhor marca.
Wanna teve o diagnóstico de paralisia cerebral no momento do parto, quando teve falta de oxigenação no cérebro. Ela começou a praticar esportes após a morte da mãe, há nove anos. Depois de passar pela natação, a paratleta migrou para o atletismo em 2020 e começou rapidamente a conquistar boas marcas.