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Basquete: mineira da WNBA inspira projeto da CBB para descoberta de ‘gigantes’

Em busca de novos nomes, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) deu início a um projeto para captar jovens com biotipo para o esporte
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A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) iniciou nesta quarta-feira (3/7) um projeto inspirado em Kamilla Cardoso, pivô de 23 anos do Chicago Sky, equipe da WNBA. A mineira de Montes Claros, que está na tradicional liga estadunidense de basquete, é a grande promessa brasileira no esporte, e a organização busca mais “gigantes” entre 12 e 16 anos para potencializar a modalidade.

Enquanto a versão feminina é inspirada em Kamilla Cardoso, a masculina tem Bruno Caboclo como figura principal. O ala paulista de 28 anos já passou por equipes da NBA como Toronto Raptors, Houston Rockets, Memphis Grizzlies e Sacramento Kings, atualmente joga no Partizan, da Sérvia, e é nome certa na lista da Seleção Brasileira.

O objetivo do projeto da CBB é conhecer jovens altas, com biotipo e interessadas em ingressar no basquete, ajudá-los a encontrar um clube/projeto próximo de casa, acompanhar o desenvolvimento e conhecê-los melhor através de campeonatos e programas de medição e acompanhamento técnico, e integrá-los ao projeto nacional em caso de destaque local e torneios futuros.

  • 12 anos com 1,82m (homens) ou 1,77m (mulheres)
  • 13 anos com 1,85m (homens) ou 1,80m (mulheres)
  • 14 anos com 1,89m (homens) ou 1,85m (mulheres)
  • 15 anos com 1,95m (homens) ou 1,89m (mulheres)
  • 16 anos com 2m (homens) ou 1,95m (mulheres)

As jovens interessadas e com o biotipo para jogar basquete podem se inscrever no Projeto Kamilla clicando aqui, enquanto os homens que desejam se inscrever no Projeto Caboclo podem clicar aqui.

Quem é Kamilla Cardoso, atleta brasileira da WNBA

Nascida em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, em 30 de abril de 2001, Kamilla Cardoso se mudou para os Estados Unidos logo após completar 15 anos, em 2016. A ida ainda na adolescência para os Estados Unidos sabendo falar apenas “oi”, “sim” e “tchau” em inglês teve um propósito: jogar basquete.

Ela fez ensino médio no estado de Tennessee, precisamente na Hamilton Heights Christian Academy, sob comando da treinadora Keisha Hunt, conhecida por desenvolver talentos do basquete. Depois disso, ela foi para a Universidade da Carolina do Sul e começou a ser comandada por uma lenda do basquete feminino: Dawn Staley, tricampeã olímpica como jogadora e campeão em Tóquio como treinadora dos Estados Unidos.

Agora como profissional, a trajetória de Kamilla Cardoso ganhou um novo capítulo em 15 de abril. A mineira foi a terceira escolhida no draft para a WNBA (Women’s National Basketball Association), liga de basquete feminino dos Estados Unidos, e fez história entre as brasileiras. 

Uma semana e um dia após se tornar bicampeã do NCAA (National Collegiate Athletic Association) e ser elogiada pela lenda Magic Johnson, Kamilla Cardoso foi uma das destaques do draft, tradicional evento de captação de jogadores para o basquete estadunidense. A brasileira atualmente joga pelo Chicago Sky, que representa a metrópole do estado de Illinois.

A terceira posição no draft fez com que a mineira de Montes Claros se tornasse a brasileira melhor colocada da história em um draft da WNBA. Ela se juntou a duas outras brasileiras que jogam na liga: Damiris Dantas, atleta do Indiana Fever, e Stephanie Soares, que joga no Dallas Wings.

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