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O fato de o técnico Gabriel Milito não poder contar com até 11 jogadores contra o alviverde paulista tem muito pouco a ver com falta de sorte

Quando se forma um time com jogadores selecionáveis, é de se esperar que, em momentos de competições e datas oficiais de amistosos, seu time sofra baixas. Também deve fazer parte do planejamento de um clube com grandes aspirações ter em seu grupo peças de reposição suficientes para suprir ausências inesperadas, como aquelas provocadas por lesão ou cartão. Por isso, se tem algo que o Atlético não pode reclamar, às vésperas do jogo contra o Palmeiras (no qual vai entrar cheio de desfalques), é de azar.

O fato de o técnico Gabriel Milito não poder contar com até 11 jogadores no duelo com o alviverde paulista tem muito pouco a ver com falta de sorte.

São nada menos que sete titulares – ou mais de meio time – de fora em um importante confronto, que nas últimas temporadas reuniu equipes que rivalizaram na busca por títulos.

Dois importantes jogadores têm ficado fora, nas últimas partidas, por causa de lesão na coxa esquerda: o atacante Hulk e o volante Otávio. O meia Zaracho, por sua vez, teve diagnosticada entorse no tornozelo esquerdo nesta quinta-feira (13/6).

Outros dois titulares do Galo foram convocados pelas respectivas seleções para a Copa América: o lateral-esquerdo Guilherme Arana, no Brasil; e o volante Alan Franco, no Equador.

Mais dois terão de cumprir suspensão contra os palmeirenses: o goleiro Everson, pelo terceiro cartão amarelo, e o volante Battaglia, expulso na última partida, diante do Bragantino.

A eles se somam jogadores que, embora reservas, seriam fundamentais neste momento. Casos do lateral-direito Mariano (em tratamento de incômodo na coxa direita), o lateral-esquerdo/meio-campista Rubens (que sofreu lesão no joelho esquerdo), o atacante Eduardo Vargas (convocado pelo Chile) e o zagueiro Mauricio Lemos (suspenso pelo terceiro amarelo).

A situação está tão complicada para Milito que ele terá apenas um volante de origem para o jogo contra o Palmeiras – o jovem Paulo Vítor, de 19 anos, que nem deve ser escalado, segundo o repórter do No Ataque Lucas Bretas.

Isso porque o prata da casa disputou apenas duas partidas como profissional, saindo do banco em ambas, e não atua desde 2 de março, quando o Galo derrotou o Ipatinga (3 a 0), pelo Campeonato Mineiro.

Dificilmente Paulo Vítor vai a campo contra o Palmeiras, numa partida de tamanho peso.

Assim, em todos os setores da equipe Milito vai ter de mudar. E, em muitas posições, não vai ter jeito: ou ele improvisa, ou lança mão de algum jovem. Não há escapatória.

Nesse cenário, é bem possível que o Atlético tenha um time com média de idade de 24 anos.

No gol, por exemplo, não deve fugir muito de Matheus Mendes (25), que tem apenas cinco jogos no profissional do Atlético no currículo. Na zaga, Igor Rabello (29) pode formar trio com Saravia (30) – lateral que tem atuado recuado – e Rômulo (20), liberando, dessa forma, Bruno Fuchs (25) para ser improvisado mais à frente, de primeiro volante. Igor Gomes (25) completaria a defesa.

As opções para o meio-campo seriam Scarpa (30), Alisson (18) e Palacios (21). Na frente, Paulinho (23) e Cadu (20).

Contar com jogadores formados em casa é bom. Mas fazer isso forçado por desfalques pode ter justamente o efeito contrário e atropelar o processo. O ideal é o que Milito vinha fazendo, escalando ora um, ora outro; colocando os mais jovens no decorrer das partidas.

A pressão não deve estar sobre eles. Ou, pelo menos, não deveria.

Hulk de volta?

Diante de todas essas circunstâncias, não seria surpresa se Hulk reaparecesse no time, ainda que não esteja com 100% de suas condições.

Tudo isso é ruim, para os jogadores, individualmente, e para o coletivo. A má notícia é que não será uma situação isolada. Ao longo deste mês, Milito terá de lidar novamente com a questão em outras partidas. Vamos ver quem é que vai pagar o pato.

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