COLUNA DO RODRIGO SCAPOLATEMPORE

América se mostra grande em “matas” e cria casca de time copeiro

Eliminação para o Corinthians veio por detalhes e escolhas erradas nos pênaltis, mas goleada contra Colo-Colo realinhou o astral e manteve chama de título acesa

Bipolar o América sempre foi. Em jogos que teoricamente seriam mais fáceis, contra adversários médios (como o Coritiba), nós deixamos a desejar. Falou de jogo grande? Parece que nivelamos de acordo com o tamanho do adversário.

Temos boas memórias recentes, desde o empate no clássico contra o Atlético, quando fomos melhores e merecíamos até mesmo a virada. Mas o maior exemplo de como o Coelho é combativo é quando falamos de jogos realmente decisivos.

A cabeça do torcedor americano flutua entre o céu, a calmaria e o inferno. E nos últimos dias podemos dizer que ficamos bem perto do paraíso.

Acredito que não caiba falar tanto da eliminação na Copa do Brasil. Apenas queria expressar meu descontentamento com jogadores que batem pênalti com paradinha, pulinho, corridinha…

Realmente, além de ineficientes, desrespeitam o torcedor. É preciso seriedade neste momento, e errar faz parte, mas não com pé mole e arrogância!

Passou e bola para a frente. Ficamos muito perto de mais uma semi da Copa do Brasil e temos sido aguerridos nessa competição.

Mas vamos mesmo ao que interessa: a goleada indiscutível em cima do tradicional Colo-Colo, do Chile, por 5 a 1 na noite de ontem. Que passeio! E nem era o time titular. Mas, afinal, nem sei ao certo se podemos falar em time titular, tamanha oscilação de formação.

A única verdade absoluta é que temos um craque chamado Benítez. Que jogador excepcional, com visão de jogo e muita personalidade. Certamente, é o diferencial deste time e, sempre que ele entrar e estiver em condições, o América vai virar outro.

Seguimos na Sul-Americana com muitas perspectivas de ir mais longe, e acredito na viabilidade em passar do Bragantino na próxima fase. Só tem uma questão que precisamos constar: jogos contra times menos tradicionais geralmente são aqueles que o time dorme, e pifa.

Vamos manter o foco e tratar a Sula como a grande chance para uma final e, quem sabe, um título grande para o clube este ano. Sabemos que o Brasileirão é prioridade, mas a coisa está bem feia. Contra o Flamengo, no sábado, eu só peço que, no mínimo, pontuemos.

A Série A deste ano está assustadora, mas parece que viramos mesmo time de competições mata-mata. O que resta saber é: esquecemos como se joga um torneio de pontos corridos e será que ainda vai dar tempo de recuperar a ponto de evitar a queda? Deus salve o América.

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