A taróloga prevê a eliminação do Atlético diante do Palmeiras, hoje, no Allianz Parque. É melhor avisarem aos jogadores do Atlético para nem entrarem em campo, pois a moça que “prevê o futuro” já determinou a eliminação do alvinegro. Só mesmo o futebol para permitir isso. São matemáticos que dizem que as chances de queda de um time são de 99%, como disseram do Fluminense em 2009, e o tricolor, com 1% de chances, não caiu. Agora “futurólogos” e tudo o mais.
Como não acredito e não gosto dessas coisas, vou no popular: se a bola do Galo entrar na casinha do Palmeiras, e mais de uma vez, e não sofrer gols, avança o alvinegro. Se puser a bola na casinha apenas uma vez, levará a decisão para as penalidades. Se não conseguir nada disso, aí sim estará eliminado. Porém, tudo dentro do gramado e nada fora dele. Felipão e Abel Ferreira traçam suas estratégias para que um deles avance na Libertadores.
Não é fácil derrotar o Palmeiras no seu gramado sintético. Aliás, sou totalmente contra esse tipo de estrutura. Sempre jogamos com grama natural, e poucos estádios usam o artifício sintético. Claro que os jogadores do Palmeiras estão mais adaptados. O Galo vem de grande vitória contra o São Paulo, no Morumbi. Vai com moral para tentar o improvável, mas não impossível. No futebol não existe essa palavra.
Comandado por Hulk, o alvinegro vai tentar desbancar o favorito Palmeiras, que tem a vantagem do empate. O Galo tem sido irregular e não faz boa campanha nos pontos corridos. Em mata-matas, porém, é diferente, e a contratação de Scolari passou muito por isso. Ele é especialista nesse tipo de competição. Largou a aposentadoria para apostar nisso. Em 10 jogos, conseguiu uma vitória, e não foi irônico na entrevista. Quando perde, aí sim, ele ataca os jornalistas. É uma espécie de autodefesa que os treinadores têm usado toda vez que sofrem derrotas.
Abel Ferreira é um craque. Tem feito um trabalho brilhante, com a conquista de duas Libertadores, consecutivamente. Tem uma equipe muito bem armada, com jogadores de nível, mas nenhum craque. Não me venham dizer que Dudu é craque. É apenas um bom jogador, que se encaixa bem naquilo que o técnico deseja. Veiga, pra mim, é o grande nome palmeirense. Roni é outro que não se pode descuidar. Nos confrontos em mata-matas, só deu Palmeiras.
O Galo foi eliminado nas duas últimas Libertadores. Porém, o troco pode ser dado esta noite. Os jogadores precisam ter essa consciência. Avançar na competição, além do prestígio técnico, dará ao Galo um bom dinheiro. Se forem eliminados, o ano estará perdido, e restará brigar para entrar, pelo menos, na pré-Libertadores do ano que vem.
O Atlético vai inaugurar sua belíssima Arena MRV, e ficar fora da principal competição sul-americana, ano que vem, além do prejuízo, será muito ruim, tecnicamente. Até 2027, os novos donos da SAF prometem zerar as dívidas e daí pra frente, montar grandes times, em condições de brigar por todas as taças. Não adianta ter estádio se não tiver um time competitivo. A razão de ser de um clube é a sua torcida e as taças são exigência dos apaixonados fãs.
Que tenhamos um grande jogo esta noite e que o Galo desminta a taróloga ou quem se aventurar a prever o futuro. Só um detalhe: a vantagem do Palmeiras é muito grande e qualquer previsão a seu favor é aceitável, o que significa dizer que não precisa prever o futuro para por o Palmeiras com 70% de chances de classificação e o Galo com apenas 30%. Mas, como futebol não é matemática, prefiro ver a bola entrando na casinha e, de preferência, do goleiro Weverton.
Ninguém quer Neymar
Neymar se ofereceu ao Barcelona, que disse não. Xavi Hernandez, técnico do time catalão, que jogou com ele, já disse que ele não se encaixa no seu esquema de jogo e que não seria bom para o vestiário. Neymar gosta de privilégios e Xavi, que foi um dos gênios do meio-campo catalão, não aceita isso. O pai de Neymar negou que ele queira sair do PSG. Disse que “é mentira do L’Equipe”.
A verdade é uma só: torcedores, PSG e torcida não suportam mais Neymar. Ele foi um grande prejuízo técnico e financeiro. Não amadureceu como homem e não é o cidadão que a sociedade de bem espera. Aparece mais nas colunas sociais, desfiles e em redes sociais do que em campo. Virou um “elefante branco” para o time parisiense. Só lamento que Fernando Diniz, técnico da Seleção Brasileira, será seu refém. Se tiver o mínimo de consciência, não convoca o jogador.
A Seleção Brasileira tem que começar por Vini Júnior e pelos jovens talentos. Aos quase 32 anos, muita gente insiste em chamá-lo de “menino Ney”. Eu não gosto disso. Ele deveria ter o comportamento de um homem de mais de 30 anos. Por tudo o que já fez, de lambanças, é odiado por vários ex-jogadores. Neymar vai passar pela história como um grande jogador, que não conseguiu ser protagonista.
A geração “nutella” insiste em dizer que ele está no nível de Messi e CR7. Puro engano. Nem no auge da carreira ele mereceu tal comparação, que dirá agora, que está mais para ex-jogador em atividade do que para qualquer outra coisa. Neymar, para os brasileiros que conhecem futebol e não são passionais, é um grande fracasso.