Depois que o Flamengo conseguiu um empate bem no fim, o que inclusive foi injusto, e após várias escolhas muito suspeitas do VAR, o torcedor americano mais exigente pode até dizer que saiu com gostinho amargo. Eu também entendo essa sensação.
Afinal, ficamos muito perto de vencer um jogo épico, contra um plantel absurdamente caro, cheio de estrelas, pressão descomunal da torcida no mítico Maracanã e aquela ajudinha clássica da arbitragem e da mídia carioca. Normal.
No entanto, depois de respirar e ver tudo de forma panorâmica, ficou muito claro: o que fizemos ali não foi normal, no bom sentido. Jogamos de igual para igual contra o tão temido Mengão. Tivemos mais inteligência e o preparo físico sobrou para nosso lado.
Mostramos qualidade técnica, capacidade de suportar pressão, de sofrer no jogo e de se arranjar na partida, abrindo espaços e criando oportunidades para vencer um duelo dificílimo.
Vamos ser francos? Qualquer time do mundo que joga no Maracanã lotado contra esta seleção que é o Flamengo corre o risco de tomar goleada. Até mesmo o Real Madrid.
Este jogo mostrou que, após acertarmos algumas arestas, o Coelho tem totais condições de se reerguer no campeonato para, do meio para a frente do segundo turno, já ocupar posições mais confortáveis longe da zona de rebaixamento. Necessário um pouco de paciência, sorte nos próximos jogos e uma arbitragem mais neutra.
Sul-Americana
Na próxima quinta-feira, contra o Bragantino no Independência, precisamos nos impor e começar uma caminhada rumo à final. É extremamente viável se tivermos foco. Esses jogos contra times menos tradicionais, no entanto, são aqueles que o América costuma entregar.
E preciso não subestimar o time de Bragança Paulista. A torcida tem que jogar junto e podemos fazer dessa competição a queridinha do torcedor. Quem sabe beliscar uma final assim como foi na Copa Sul-Minas, em 2000, quando ganhamos de diversos grandes e fomos campeões?
Mas, antes, é hora de dar crédito à equipe e comparecer contra o Palmeiras no domingo, 16h. Nós gostamos de jogo grande e todos os caminhos levam ao Independência.