Uma discussão entre jogadores e o presidente Flaris Rocha, do Real Noroeste, terminou em tiros no centro de treinamento do clube, em Águia Branca, no Espírito Santo. A confusão ocorreu na noite dessa terça-feira (13/6).
O presidente do clube disparou tiros para o alto para assustar os atletas, que cobravam salários atrasados.
Segundo depoimento dos jogadores à Polícia Militar, Flaris tentou agredir um dos atletas com um soco no rosto e ameaçou o elenco durante a discussão.
Início da confusão e crise no Real Noroeste
Antes da confusão, um atleta já tinha acionado a PM no CT. Ele alega que o presidente afirmou que só pagaria R$ 146 dos salários e direitos de imagem atrasados
Outro jogador do elenco cobra R$ 12 mil em vencimentos devidos.
“Aqui no Real Noroeste estamos com o salário atrasado há dois meses. Tem jogador com proposta para jogar em outro clube e ele (Flaris Rocha) não libera. Prende os jogadores e ainda faz sacanagem com os salários, coloca um valor bem abaixo na carteira, sendo que nosso salário é outro”, disse, à Gazeta, um dos atletas, que não quis se identificar.
Outro jogador complementou: “Eles tratam jogador como bicho. Real Noroeste não é lugar de ser humano. O presidente entra no vestiário armado, ameaçando. Ele forja as coisas para incriminar alguém, coloca jogador que não está jogando em quarto isolado. Além disso, se alguém se lesiona, eles não querem pagar e ainda querem que entre em campo machucado”.
Também à Gazeta, o presidente disse ser inocente: “É uma turma de mentirosos, o cara que está me denunciando tem histórico de problemas com drogas. O próprio empresário dele, que é do Rio de Janeiro, tá p*** com ele por conta de vários problemas. É tudo conversa fiada. Não existem esses débitos”.
Campeão capixaba no início de 2023, o Real Noroeste vive uma crise tanto nos bastidores, quanto em campo. A equipe do Espírito Santo é a lanterna do Grupo 6 da Série D do Campeonato Brasileiro, com quatro pontos. Na primeira fase da competição, oito times disputam quatro vagas na próxima etapa.