A Justiça do Reino Unido condenou Bernie Ecclestone, chefão da Fórmula 1 de 1978 a 2017, a 17 meses de prisão e ao pagamento de 652,6 milhões de libras (cerca de R$ 4 bilhões) em compensação a impostos não delarados.
Ele sonegou impostos e admitiu a culpa. Pela idade, entretanto, Ecclestone, que tem 92 anos, não será detido. O dirigente não declarou ativos de 400 milhões de libras (R$ 2,4 bilhões) mantidos em contas em Singapura por 18 anos.
Promotor do caso, Richard Wright disse que, em 2015, Ecclestone negou a existência das contas não declaradas. Foi somente nesta quinta-feira (12/10) que ele admitiu a sonegação.
“O Sr. Ecclestone sabia que sua resposta poderia ter sido falsa ou enganosa. O Sr. Ecclestone não estava totalmente esclarecido sobre como a titularidade das contas em questão estava estruturada. Portanto, ele não sabia se era responsável por impostos, juros ou multas em relação aos valores que transitavam pelas contas”, disse.
“O Sr. Ecclestone reconhece que agiu errado ao responder às perguntas feitas, pois corria o risco de que o Ministério da Fazenda não prosseguisse com a investigação de seus negócios. Ele agora aceita que algum imposto é exigível em relação a essas questões”, completou Wright.
A advogada Christine Montgomery, que defendeu Ecclestone, disse que ele teve um lapso.
“A intenção do Sr. Ecclestone não era evitar o pagamento de impostos. Ele sempre esteve disposto a pagar os impostos devidos. Sua resposta foi um lapso impulsivo de julgamento, ele agora está com saúde frágil e o processo está causando imenso estresse para ele e para aqueles que o amam”, disse.