Ayrton Senna deixou um legado de vitórias e títulos na Fórmula 1 e milhões de fãs em luto com a trágica morte que completa três décadas nesta quarta-feira (1º/5). O tricampeão da principal categoria do automobilismo faleceu aos 34 anos em acidente no Grande Prêmio de San Marino, no circuito de Ímola, na Itália.
Com 41 vitórias e 80 pódios em 162 corridas, Senna colocou o Brasil no topo da F-1 em 1988, 1990 e 1991 e acumulou grande fortuna em salários, bônus, empreendimentos e patrocínios. Quando morreu, o piloto tinha fortuna estimada em US$ 400 milhões, segundo o jornalista britânico Tom Rubython, autor de ‘The Life of Senna’ – (A Vida de Senna, em português).
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Em maio de 1994, a moeda brasileira ainda era o cruzeiro, já que o real entrou em vigor somente em julho. Assim, os US$ 400 milhões equivaliam a Cr$ 529 bilhões na cotação daquela época. De acordo com a calculadora do Banco Central, o patrimônio de Senna ajustado para os valores atuais giraria em torno de R$ 3,2 bilhões.
Ayrton chegou a receber US$ 1 milhão por corrida em 1993, quando não havia chegado a acordo com a McLaren para a temporada completa. A revelação foi feita por Martin Whitmarsh, ex-diretor de operações da equipe. Na Lotus, em 1987, quando ainda não tinha “peso” no nome, Senna embolsou US$ 1,5 milhão.
Nome de Senna segue forte
Em meio ao envolvimento de Ayrton Senna em causas sociais, a família do automobilista fundou, em novembro de 1994, o Instituto Ayrton Senna. A ONG tem como principal objetivo auxiliar no desenvolvimento de crianças por meio da educação.
No relatório de 2022, a entidade contabilizou arrecadação de R$ 43 milhões, sendo R$ 19,1 milhões somente de direitos autorais de Senna. Quase 70% dos recursos foram aplicados em “pesquisa científica e desenvolvimento de projetos”.
Em entrevista à Máquina do Esporte, Bianca Senna, sobrinha de Ayrton, afirmou que a marca Senna Brands já movimentou US$ 2 bilhões (R$ 10,3 bilhões) desde sua criação, em 1990. Do total, o grupo destinou US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões) à filantropia.
