O jornalista esportivo Reginaldo Leme revelou os desafios que tem enfrentado com um problema neurológico. Em uma entrevista ao Canal UOL, o comentarista falou sobre o apoio incondicional que recebeu da Band durante a sua recuperação e a retomada das atividades profissionais.
“A Band me apoiou num dos momentos mais difíceis que eu passei, do final do ano passado até recentemente. Tive um problema neurológico, algo que não vai me curar 100% nunca. Por causa disso, eu esquecia algumas palavras, a memória falhava e minha voz ficou muito fraca. Mesmo assim, a Band jamais pensou em me dispensar”, contou.
Apesar disso, o jornalista reforçou seu compromisso com a temporada da Fórmula 1. “Eles me perguntaram como eu estava para essa temporada: se eu faria todas as corridas ou apenas algumas. Eu respondi que queria fazer todas, apostei que ia conseguir e que faria um bom trabalho. O resultado está aí”.
Leme também compartilhou as dificuldades enfrentadas nas transmissões ao vivo. “O Max (Wilson) e o (Felipe) Giaffone, na época em que ficávamos em pé na pré-hora da corrida, ficavam prontos para me segurar. Juro por Deus. Para entrar no estúdio e passar por todos os cabos no chão, os funcionários me conduziam e me posicionavam. Em cada intervalo, eu sentava em uma cadeira ao lado para me recompor até a hora de voltar a ficar em pé”.
Aos 80 anos, Reginaldo Leme se prepara para a despedida da cobertura de Fórmula 1. Com a transmissão da competição sendo transferida para a Globo no próximo ano, ele decidiu encerrar sua carreira.
Recuperação de Reginaldo Leme
Apesar da melhora, Leme revelou que sua recuperação não será completa. “Estou, aproximadamente, 70% do meu normal. Vou chegar a 90%, mas ainda falta a atividade física que eu sempre pratiquei e tive que abrir mão durante a minha carreira”.