Ela fica! Kin Saito, diretora de futebol feminino do Cruzeiro, garantiu permanência no clube e explicou a decisão. A dirigente também revelou ter recebido propostas e comentou a relação com Pedro Lourenço, sócio majoritário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) da Raposa.
O Cruzeiro apresentou Kin Saito como diretora em maio de 2022. Posteriormente, a troca de gerência da SAF entre Ronaldo e Pedro Lourenço, há pouco menos de dois meses, gerou questionamentos acerca da permanência da dirigente.
“Fico! Com convicção, com alegria, com autonomia, com respaldo. De verdade”
Kin Saito, diretora de futebol feminino do Cruzeiro
Na sequência, a diretora reafirmou o propósito que a levou à Raposa em 2022 e que a mantém desde então: “Não só uma escolha minha, mas também da nova turma, do Pedro Lourenço, de ficar e saber que é, também, para acelerar o desenvolvimento do futebol feminino. E do mesmo jeito que a gente vem fazendo: deixar o resultado desportivo ser consequência do dia a dia, do trabalho. Espero que a Nação Azul saiba o quanto estou fechada e comprometida com as Cabulosas, com o clube, o quanto estou feliz aqui”.
Kin Saito revelou que recebeu outras propostas, mas não teve dificuldades para decidir o futuro: “Convites já chegaram. Foi muito fácil pensar os prós e os contras de cada. Cada caso é muito importante. Seria uma oportunidade de contribuir com o futebol feminino, que é o meu grande propósito. Eu escolho e continuo escolhendo o Cruzeiro”.
Relação com a gestão de Pedrinho
Em 27 de abril, o No Ataque noticiou a compra da SAF do Cruzeiro por Pedro Lourenço. Kin Saito contou que nada mudou. Desde então, os novos gestores seguem dando atenção ao futebol feminino.
“A gente consegue, às vezes, medir a força do futebol feminino quando alguma área do clube, na hora de pensar em uma iniciativa, inclui o futebol feminino… Essa é uma das medidas do quanto o futebol feminino está ficando enraizado aqui dentro”
Kin Saito, diretora de futebol feminino do Cruzeiro
“Ninguém faz nada sozinho”, salientou a diretora. Na frase, mencionou Bárbara Fonseca, coordenadora da modalidade, Jonas Urias, treinador, Vantressa, auxiliar técnica, além de todas as pessoas que somam no projeto que ela enxerga como bem sucedido.
Na sequência, a dirigente detalhou a relação com Pedrinho: “De verdade, muito boa… A troca tem sido muito positiva”. E não pestanejou ao apresentar os planejamentos, as metas e as estratégias da equipe aos novos membros, como Alexandre Matos, Paulo Pelaipe e Pedro Júnior.
“A troca tem sido prática, positiva. Dá segurança. Também esse reconhecimento deles de que o futebol feminino foi e tem sido um grande acerto nesse novo momento do Cruzeiro”, finalizou.
Desempenho da equipe feminina do Cruzeiro
O esforço dos profissionais ligados à equipe de futebol feminino do Cruzeiro, inclusive das jogadoras, tem dado resultado.
Em 2023, as Cabulosas conquistaram o Campeonato Mineiro. Naquele ano, terminaram a primeira fase do Campeonato Brasileiro Feminino em oitavo – até então, o melhor desempenho da história da equipe na competição. Se despediram do torneio nas oitavas de final, ao perderem para o Corinthians.
Neste ano, o Cruzeiro chegou à final da Supercopa. Em mais uma derrota para o Timão, o título escapou. Mas o tropeço não apagou o momento que a equipe viveu. Afinal, alcançou uma final nacional pela primeira vez.
Atualmente em quinto lugar, com 21 pontos – seis vitórias, três empates e três derrotas -, as Cabulosas brigam por espaço no mata-mata do Campeonato Brasileiro Feminino. O próximo compromisso é neste domingo (16/6), contra o Grêmio, às 15h, no Sesc Campestre, em Porto Alegre, pela 13ª rodada do torneio.
Na galeria de títulos da equipe feminina também consta o Mineiro de 2019. Naquele ano, o da fundação, o time conquistou acesso à Série A1.