O Cruzeiro não obteve o resultado esperado diante do Bragantino, pela ida das quartas de final do Campeonato Brasileiro. No Canindé, em São Paulo, nesse domingo (10/8), as Cabulosas não saíram do zero, muito em função da postura abaixo na primeira etapa, justificada pelo técnico Jonas Urias.
O Cruzeiro entrou em campo apático. Desconcentrado, falhou em saídas de bola. Sem criatividade, não conseguiu construir jogadas, muito menos ser efetivo no ataque. O Bragantino, então, soube aproveitar o momento de desatenção, encontrou caminhos e construiu boas chances no primeiro tempo, apesar de não ter aberto o placar.
Na visão de Jonas Urias, as atletas carregaram um peso muito grande para a partida. Na última quarta-feira (6/8), as Cabulosas sofreram golpe e foram eliminadas pelo Corinthians da Copa do Brasil – a partida terminou empatada por 1 a 1, e a equipe paulista fez 4 a 2 nos pênaltis.
“A gente tentou propor o jogo desde o primeiro minuto. Não é uma questão de querer, e sim de conseguir. Existe um adversário. E nossa equipe entrou com muita carga, muito peso para esse jogo de uma forma que estava prejudicando principalmente o gesto técnico. A gente esbarrou em erros técnicos muito para além do que era questão tática”
Jonas Urias, técnico do Cruzeiro
Pausa para dar confiança ao Cruzeiro
No segundo tempo, cenário completamente diferente. A Raposa se reajustou, cresceu e passou a dominar as ações. Superior em toda a parcial, acumulou oportunidades de diferentes formas, mas não converteu em tento. Segundo Jonas Urias, a pausa foi essencial para que as jogadoras pudessem recuperar a confiança e exibir o que apresentaram etapa classificatória.
“Quando, no intervalo, ajusta essa percepção do jogo e traz a confiança que elas precisavam para respirar fundo e confiar no que elas têm como equipe e individualmente, aí apareceu tudo, a técnica e a tática”
Sensação da temporada, o Cruzeiro encerrou a primeira fase na liderança – algo inédito na história do clube estrelado. Naquela etapa, chamava a atenção o volume ofensivo e recomposição defensiva. Ainda, a capacidade de reação imediata tem sido um trunfo das Cabulosas.
“Pode ter certeza que a gente sempre quer que aconteça as coisas da melhor maneira possível e da forma que a gente vinha jogando e jogou a primeira fase. Conseguimos nos reencontrar no segundo tempo. Fico feliz por a gente ter, dentro da partida, se reencontrado e terminado bem. Isso vai fazer diferença na preparação para o próximo jogo”, finalizou.
O Cruzeiro volta a encontrar o Bragantino no próximo domingo (17/8), às 10h30, no Independência, em Belo Horizonte. Não há gol qualificado, portanto, a equipe que vencer avança. Outra igualdade leva para os pênaltis a decisão da vaga na semifinal.