CRUZEIRO

Emocionada, Byanca Brasil se declara ao Cruzeiro, responde críticas e avisa: ‘A gente quer mais’

Camisa 10 não segurou as lágrimas pela classificação à final do Brasileiro Feminino e garantiu que a trajetória histórica do Cruzeiro não chegou ao fim

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Byanca Brasil é um dos nomes do projeto do Cruzeiro desde que assinou contrato, em janeiro de 2023. Por vezes, em busca de voos maiores, a atacante, assim como todo o grupo, bateu na trave – lesões em momentos decisivos, eliminações dolorosas. E nunca segurou as lágrimas pelas frustrações. Dessa vez, o choro é de realização. Nesse domingo (31/8), as Cabulosas avançaram à final do Campeonato Brasileiro Feminino pela primeira vez, e a camisa 10 garantiu que a trajetória não chegou ao fim.

Finalista da Série A2 em 2019, o Cruzeiro eleva o patamar ano após ano. Algumas temporadas depois, o trabalho da gestão, da comissão técnica e das jogadoras atingiu o que antes era inimaginável em tão pouco tempo: brigar pela taça da Série A1 e conquistar vaga na Copa Libertadores. Byanca Brasil garantiu que é apenas “o começo de uma linda história”.

“Muito alívio e gratidão enorme. Desde o primeiro dia, a torcida me recebeu muito bem. Sempre entreguei o meu máximo dentro de campo e sempre vou entregar, porque, para mim, é uma honra vestir essa camisa. Sei do peso que é vestir a 10”

Byanca Brasil, atacante do Cruzeiro

Por vestir o expressivo número e a braçadeira de capitã, Byanca Brasil tem ciência da responsabilidade que carrega. Cobrada em alguns momentos, a atacante comentou as crítica, assegurou que dedicação não falta e expressou o desejo de representar a torcida em campo.

“Sei que não estou fazendo os melhores anos, estou oscilando, até por conta de lesão, mas (não é) falta de vontade. Falta de trabalho não vai faltar. Sempre vou dar a vida por essa camisa. O torcedor vai se sentir representado fora de campo… Vou ser cobrada, como eu fui em algumas decisões em que realmente não fui bem. Mas eu tenho costa larga, tenho que aguentar a crítica e, também, os elogios. Estou muito feliz”, continuou.

‘A gente quer muito mais’

O Cruzeiro criou o cenário ideal para a volta da semifinal do Brasileiro Feminino. Além de ter vencido a primeira partida por 3 a 1, fora de casa, angariou apoio da torcida e jogou sob os olhares de mais de 13 mil pessoas no Independência.

A Raposa até entrou bem na partida, mas se perdeu completamente após sofrer um gol – anulado pela árbitra Rejane Caetano da Silva por impedimento. A partir dali, o Palmeiras cresceu na partida. E a Raposa, sufocada, acumulou erros. A pressão da equipe paulista resultou em gol de Carla aos 47 minutos do primeiro tempo.

Na segunda metade, cenário semelhante ao anterior. A diferença é que o Cruzeiro encontrou bolas e soube ser efetivo. Aos 20 minutos, Isa Chagas recebeu lançamento de Isa Haas na entrada da área e escorou para Marília, que finalizou e viu a bola entrar em câmera lenta. Aos 39, Amanda Gutierres recolocou o Palmeiras na frente. Mas não dava tempo para mais nada.

O placar agregado colocou o Cruzeiro na final da Série A1. No próximo domingo (7/9), as Cabulosas recebem o Corinthians no Independência, pela ida da decisão. A volta será na Neo Química Arena, em São Paulo, no domingo posterior (14/9). Posteriormente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmará datas e horários.

“Mais uma vez, o trabalho coletivo se sobressaiu ali dentro. Nem sempre vai ser a camisa 10 ou a Lelê que vai resolver, e sim nosso coletivo. É o que trouxe a gente para essa grande final e a gente quer muito mais”

Byanca Brasil, atacante do Cruzeiro
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