CRUZEIRO

‘Clima hostil’: técnico rival elogia torcida do Cruzeiro; Jonas Urias celebra

Lucas Piccinato chamou de 'hostil' o clima do Independência no empate por 2 a 2 entre Cruzeiro e Corinthians, pelo primeiro jogo da final do Brasileiro Feminino

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Técnico do Corinthians, Lucas Piccinato caracterizou o ambiente do empate por 2 a 2 com o Cruzeiro, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro Feminino, como ‘hostil’ e cedeu elogios à torcida celeste. Comandante das Cabulosas, Jonas Urias celebrou a percepção que o rival teve no Independência, em Belo Horizonte, na manhã de domingo (7/9).

“Todos os jogos a gente pensa em sair com a vitória, né? O foco sempre é esse. Sabíamos que a gente estaria em um ambiente bastante hostil, contra um grande time do outro lado, que não é finalista por acaso. Mas a gente veio aqui para tentar sair com uma vitória e levar uma vantagem para casa”, iniciou Piccinato.

Na sequência, ao explicar a utilização dos termos, o treinador corintiano parabenizou a torcida mandante e questionou a atuação da arbitragem.

“Ambiente hostil de todos os jeitos, né? Inclusive, parabéns à torcida cruzeirense, que veio em peso. Ambiente hostil em relação à arbitragem, que achei que fez um papel horroroso na partida de hoje. Ambiente hostil de todas as formas. Você está em um estado que não é o seu, faz uma viagem, tudo isso causa uma distância daquilo que a gente faz como mandante”

Lucas Piccinato, técnico do Corinthians

Mobilização da torcida do Cruzeiro

Mobilizada, a torcida do Cruzeiro adquiriu quase toda a carga de ingressos disponíveis para a decisão. Exatamente 19.175 pessoas assistiram ao clássico interestadual in loco, apoio que rendeu R$ 371.740,00 aos cofres do clube estrelado. Este é o maior público desta edição do Brasileiro e o maior de Minas Gerais quando o assunto é futebol feminino de clubes.

Das arquibancadas, as vozes celestes fizeram a diferença. Quando o Corinthians abriu o placar, logo aos cinco minutos de jogo, com Gi Fernandes, a torcida aumentou o volume e empurrou as Cabulosas para o empate, conquistado aos 27, em cabeceio de Marília.

No segundo tempo, o coro celebrou o momento do Cruzeiro, melhor em toda a parcial. Quando Gabi Zanotti recolocou o Timão na frente, ao 28 minutos, a arquibancada pulsou. Mais uma vez, incentivou até Isa Chagas deixar tudo igual novamente, aos 33 minutos.

Jonas Urias celebra a percepção

Jonas Urias celebrou a percepção de Piccinato. Na visão do técnico celeste, o oposto é que causaria estranheza. Ele também frisou que o Cruzeiro certamente encontrará cenário parecido na volta, em 14 de setembro, na Neo Química Arena, em São Paulo, também às 10h30.

“É a parte óbvia. Que bom que eles vão encontrar um ambiente hostil aqui. A gente vai encontrar lá. É parte do jogo. Que bom que eles encontraram um ambiente hostil. Me surpreenderia se fosse o contrário, ele dizendo ‘olha, todo mundo aqui, a torcida nos tratou muito bem, a torcida do Cruzeiro apoiou o Corinthians’ ou qualquer coisa nesse sentido. Lá a gente vai ser recebido com a mesma hostilidade. Claro que tudo isso dentro da civilidade”

Jonas Urias, técnico do Cruzeiro

O momento, ainda de acordo com o comandante, reflete o crescimento das Cabulosas no cenário: “Fico feliz que o Corinthians enfrentou uma equipe que recebe e vive uma atmosfera que a impacta. Isso é bom para a modalidade e, obviamente, para o Cruzeiro”.

Queixa em relação à arbitragem

Ainda sobre a declaração de Piccinato, a principal queixa em relação ao trabalho da arbitragem tem relação com lance envolvendo a zagueira Erika e a atacante Byanca Brasil. Aos 31 minutos do primeiro tempo, a camisa 10 do Cruzeiro atingiu o rosto da defensora do Corinthians e recebeu o cartão amarelo.

Byanca Brasil concordou com a punição e chegou a aplaudir a decisão da árbitra Thayslane de Melo Costa. Piccinato, por sua vez, queria o cartão vermelho.

“Um lance que, para mim, definiria bastante a partida foi a agressão da Byanca Brasil na Erika, com ou sem intenção. A árbitra estava de costas. O VAR chamou e ela não quis ver. Você precisa ver o lance. Achei a arbitragem não condizente para o tamanho do jogo, não estava à altura… O jogo foi muito pausado, muito parado”, avaliou o comandante do Corinthians.

Na súmula, Thayslane de Melo Costa justificou a aplicação do amarelo: “Golpear um adversário de maneira temerária na disputa da bola – por golpear com o braço no rosto de sua adversária na disputa de bola”.

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