CRUZEIRO

Byanca Brasil diz como lidou com depressão no Cruzeiro e quer ser exemplo

Camisa Cruzeiro Feminino, Byanca Brasil relatou como a esposa e profissionais do clube e da saúde a ajudaram a lidar com a depressão

A atacante Byanca Brasil relatou nesta segunda-feira (8/12) que lida com quadro de depressão desde o início de 2025. Camisa 10 do Cruzeiro, a jogadora de 30 anos é um dos principais nomes do futebol feminino no país.

Byanca falou sobre a vida pessoal e profissional em entrevista coletiva no prêmio Bola de Prata, da ESPN. Ela foi eleita a melhor atleta de sua posição e entrou para a seleção ideal da Série A1 do Campeonato Brasileiro deste ano.

Durante cerca de dois minutos, Byanca detalhou o que ocorreu nesse período. Desde a descoberta da depressão, após notar sintomas, ao tratamento com acompanhamento de uma psicóloga e um psiquiatra.

No trecho, a atacante ainda destaca a participação do técnico Jonas Urias, do Cruzeiro, e o apoio institucional do Cruzeiro. A jogadora entrou em campo 28 vezes, marcou 12 gols e deu sete assistências em 2025, ano em que as Cabulosas foram vice-campeãs do Brasileirão e ganharam o Campeonato Mineiro.

Veja o relato de Byanca Brasil na íntegra

“No começo do ano eu percebi que estava diferente. Eu faço terapia há três anos com minha psicóloga. E eu comecei a perceber que estava diferente, não estava tão animada, estava chegando em casa e chorando muito. Mas eu não conseguia identificar (o problema).

Até porque quando entramos em campo temos que vestir uma capa e sempre nos mostrar fortes. E eu achava que mostrar estar triste ou mais para baixo, sem confiança, demonstraria fraqueza. Foi aí que eu tive o apoio do meu clube, em especial do Jonas (Urias, técnico). Ele foi um cara que conversou bastante comigo e deixou aberto, caso precisasse sair dos jogos e treinos, eu poderia.

Conversei bastante com a psicóloga e, principalmente, com minha esposa, que viveu meus piores dias. Foram dias muito árduos, chorei bastante, fiquei muito para baixo, tive que passar por psiquiatra. E hoje estou medicada e me sentindo muito melhor.

E não estou contando isso para falar sobre a Byanca, mas, sim, para deixar o lado humano cada vez mais aberto para todo mundo. Que as atletas se sintam à vontade para também falar sobre seus problemas. Você não é mais fraco que o outro, na vida a gente passa por esses momentos de fraqueza. E, com pessoas do lado, com certeza fica tudo mais fácil.

Temos que estar atentos para ajudar o próximo e se ajudar. Buscar principalmente profissionais que saibam o que estão fazendo. O apoio do clube, da minha esposa, do psiquiatra, da psicóloga. E agora estou muito melhor do que no início do ano. E tenho certeza que 2026 vai ser muito melhor, por tudo que a gente construiu em 2025.”

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