Por Gazeta Press
A oitava rodada do Campeonato Brasileiro, a ser disputada neste fim de semana, será marcada por uma campanha de combate ao preconceito promovida pela CBF. Com o mote “com racismo não tem jogo”, o movimento contará com participação dos árbitros e atletas envolvidos nas 10 partidas pelo torneio nacional.
A frase será estampada nos estádios, em camisas que serão usadas pelos jogadores, nas faixas dos capitães das equipes, nas moedas dos árbitros e também nas bolas das partidas. O registro constará ainda nas placas de publicidade espalhadas ao redor do campo.
“Essa é a mensagem potente que queremos passar para toda a sociedade. Com racismo, não tem jogo. Contamos com o apoio de cada torcedor. Racismo é um crime brutal e deve ser banido dos estádios. Basta de preconceito”
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, primeiro negro e nordestino a comandar a entidade.
Uma das ações prevê manifestação dos atletas assim que o árbitro autorizar o início de cada partida pela oitava rodada do Brasileirão. Em sinal de apoio ao movimento, os jogadores sentarão no gramado durante 30 segundos, de acordo com informação publicada pela CBF.
A entidade publicará em suas redes sociais um vídeo com a posição de artistas e atletas contra o racismo – as imagens serão exibidas também nos telões dos estádios. Gilberto Gil, Chico Buarque, Thiaguinho, Carolina Dieckmann e Regina Casé estão entre os depoentes.
A iniciativa partiu após os recentes casos de racismo envolvendo jogadores brasileiros dentro e fora do país, como os ataques sofridos por Vinícius Júnior, do Real Madrid. Desde fevereiro, o Regulamento Geral de Competições da CBF prevê a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo.