Quem não gosta de palpitar sobre o placar de grandes jogos antes das partidas? Pensando nisso, o No Ataque procurou ex-jogadores de Atlético e Cruzeiro para projetar o clássico entre os rivais, a ser disputado neste domingo (22/10). A seguir, veja as opiniões de grandes nomes das histórias de Galo e Raposa sobre o próximo confronto entre os times.
Atlético e Cruzeiro medirão forças na Arena MRV, o novo estádio do Galo em Belo Horizonte, às 16h deste domingo. A partida será disputada pela 28ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
Os momentos são opostos. O time alvinegro ocupa a sétima colocação na tabela de classificação, com 43 pontos, e briga por uma vaga na Copa Libertadores de 2024. A equipe celeste, por sua vez, é a 15ª colocada, com 31 pontos, e luta contra um novo rebaixamento à Série B.
Palpites de ex-jogadores de Atlético e Cruzeiro para o clássico
Marques
Marques Batista de Abreu defendeu o Atlético em três passagens (1997 a 2022, 2005 a 2006 e 2008 a 2010), com 133 gols em 386 jogos. Querido pela torcida, o veloz ex-atacante encantou com seus dribles e conquistou três Campeonatos Mineiros, a Copa Centenário de Belo Horizonte e uma Copa Conmebol com o Galo.
“Eu acho que vai ser um jogaço. Embora muitos falem nessa hora que é 50/50, ou que quem está por baixo muitas vezes pode reverter e crescer dentro da competição – essas histórias são recorrentes nessa hora -, mas eu, com sinceridade, acho o Atlético o grande favorito para esse jogo. É claro que se prega nessa hora o respeito ao adversário, à tradição, à história que esse confronto carrega na nossa memória, mas é inevitável. Nessa partida específica… Em algum outros momentos da história, eu joguei contra o Cruzeiro, e eles eram amplos favoritos. Era ‘chover no molhado’. Dessa vez, eu acredito, eu acredito que o Atlético esteja 70% com maior possibilidade. Embora as surpresas aconteçam. Tudo pode acontecer. É jogo, né? 11 contra 11. Quem imaginava o Atlético perder para o Coritiba? O clássico traz essa tensão maior. Tem que tomar o cuidado devido.“
Palpite: Atlético 2 x 0 Cruzeiro
João Leite
João Leite da Silva Neto, o “Goleiro de Deus”, defendeu o Atlético em duas passagens (1976 a 1988 e 1991 a 1992) e é, até os dias atuais, o nome que mais jogou pelo Galo, com 684 jogos. O ex-goleiro conquistou 11 Campeonatos Mineiros e uma Copa Conmebol com a camisa preta e branca, dividindo com o zagueiro Réver o posto de maior campeão da história do clube.
“Se a gente for pensar no momento dos times, o Atlético seria o favorito. Mas a história do clássico mostra que é muito psicológico. Se um time fizer um gol, muda completamente. Nós temos na história dos clássicos um time misto vencendo o time principal do outro… É um jogo grande demais, de difícil prognóstico! Mas claro, acredito no favoritismo do Atlético.“
Palpite: Atlético 1 x 0 Cruzeiro
Leandro Donizete
Leandro Donizete Gonçalves da Silva defendeu o Atlético de 2012 a 2016, em 231 jogos, e conquistou o apreço da torcida alvinegra pela raça demonstrada dentro das quatro linhas. Identificado com o clube, o ex-volante venceu três Campeonatos Mineiros, uma Copa Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, uma Copa do Brasil e uma Florida Cup com o Galo.
“Jogo difícil, né? Clássico. Galo favorito, sempre. Vou estar lá (risos)! Mas sempre é difícil. Jogo fica ‘brabo’ quando é clássico. Então temos que ir com um pé atrás. Mas o Galo é bem mais favorito.“
Palpite: Atlético 2 x 0 Cruzeiro
Guilherme Alves
Guilherme de Cássio Alves defendeu o Atlético em duas passagens (1999 a 2002 e 2003), tendo marcado 139 gols em 205 jogos pelo clube. Polêmico e goleador, o jogador também representou o Cruzeiro em Minas Gerais, mas criou maior identificação com o Galo. Com a camisa preta e branca, conquistou um Campeonato Mineiro.
“São dois momentos diferentes. Primeiro que é um clássico que vai ficar marcado para a história, porque é o primeiro no estádio novo do Atlético. Eu e meus colegas, ex-companheiros, somos testemunhas vivas de que o momento, independentemente de ser financeiro ou técnico, às vezes, não determina o resultado do clássico. Se a gente arremete para 1999… A estrutura financeira, a diferença técnica era um absurdo, e deu no que deu. Tudo leva a crer que o Atlético possa vencer o jogo. Possa vencer. O Atlético vem muito bem no segundo turno. Aí você vem de um jogo onde você vence o Palmeiras, no Allianz Parque… Tudo bem que não vive um bom momento, mas vencer o Palmeiras já é difícil jogando em casa. Isso te dá uma moral a mais. Fora o momento que o Atlético está vivendo. Eu acho que o Atlético tem tudo para ganhar o jogo, mas você tem que botar nessa equação o time do Cruzeiro. E mais do que isso: a necessidade do time do Cruzeiro hoje em relação ao Campeonato Brasileiro. Está muito perto da zona de rebaixamento.“
Palpite: Atlético 2 x 1 Cruzeiro
Fabrício
Fabrício de Souza é um dos jogadores mais folclóricos da história do Cruzeiro. O ex-volante vestiu a camisa estrelada entre 2008 e 2011 e foi bicampeão mineiro. Nas 154 partidas que disputou, fez dez gols – o mais marcante deles na vitória celeste por 6 a 1 sobre o Atlético, em jogo que poderia ter decretado o rebaixamento (até então inédito) da Raposa à Série B do Campeonato Brasileiro.
“O momento que a gente vive é delicado, muita turbulência, pressão… mas isso faz parte. Mas essa cobrança faz parte quando você joga no Cruzeiro, que é um dos maiores times do Brasil. Apesar do momento não ser favorável, o esporte é marcado por superação, por isso ele é tão fascinante, principalmente o futebol. Não dá para você apostar todas as fichas em um só time. Tudo pode acontecer ali dentro, depende da vontade e da dedicação. Quando não dá na técnica, vai na raça, na superação. O mais importante é o elenco se fechar e fazer um pacto. Como eu queria jogar esse clássico! Os jogadores têm que estar motivados, é uma estreia na casa do rival. Não tem motivação melhor do que você ir lá e carimbar uma vitória. Eu aposto no Cruzeiro sempre!”
Palpite: Atlético 1 x 3 Cruzeiro
Gottardo
Wilson Roberto Gottardo estampa até os dias atuais uma das fotos mais icônicas da história do Cruzeiro. O ex-zagueiro atuou no clube por apenas duas temporadas, mas marcou história ao levantar a taça da Copa Libertadores de 1997. Foi com essa braçadeira que ele ganhou o apelido de ‘Capitão América’. Ao todo, foram 101 jogos e seis gols na passagem marcante pela Toca da Raposa.
“Não conheço o dia a dia do clube, não conheço o vestiário, mas conheço comportamentos. A rotina de trabalho, escolhas e, principalmente, as decisões correspondem ao atual momento do Cruzeiro. Pra mim, dar palpite de placar é superficial, pois não isolo emoção, mas um empate ainda é bom resultado.“
Palpite: Atlético 1 x 1 Cruzeiro
Cris
Cristiano Marques Gomes foi um zagueiro raçudo, daqueles que brigam em campo e dão a vida pelo time que defendem. No Cruzeiro, caiu nas graças da torcida devido à conquista do Campeonato Brasileiro de 2003 e de vários outros títulos. O ex-jogador participou de 259 jogos pela Raposa e marcou 25 gols. A passagem pelo clube celeste durou de 1999 a 2004 e lhe proporcionou grandes voos na Europa e na Seleção Brasileira.
“É um jogo importante para as duas equipes, mas o Cruzeiro tem que aproveitar esse clássico para buscar esse resultado. Uma vitória em cima do rival é importante para dar moral para o resto do campeonato. Vai ser um jogo fechado dos dois lados, mas acredito que o Cruzeiro ganha.“
Palpite: Atlético 1 x 2 Cruzeiro
Nonato
Raimundo Nonato da Silva atuou no Cruzeiro entre 1990 e 1997 no Cruzeiro. O ex-lateral-esquerdo vestiu a camisa celeste em 386 oportunidades e marcou 20 gols. Pequeno em estatura, mas gigante dentro de campo, ele conquistou 12 títulos nesse período. O mais importante foi o da Copa Libertadores de 1997.
“É o primeiro clássico no campo do adversário, há uma tendência de você ganhar e ressuscitar. Isso daria moral. Lógico, o favorito é o adversário, mas eu sou cruzeirense e torço para que os jogadores assumam o papel deles. Até gravei um vídeo mandando forças para o elenco. Eles têm que saber que estão jogando no Cruzeiro, um clube multicampeão. Aposto em gol do Bruno Rodrigues.“
Palpite: Atlético 0 x 1 Cruzeiro