As Séries A e B do Campeonato Brasileiro adotarão o protocolo da substituição extra por concussão. Caso o médico de uma determinada equipe reconheça sintomas da lesão, o jogador deixará o campo, e a troca não será contabilizada. A cada jogo, será permitida apenas uma mudança por time.
A medida entra em vigor a partir deste sábado (13), com o começo da Série A do Brasileirão. O início da Série B está marcado para a próxima sexta-feira (19).
Antes da partida, a equipe de arbitragem entregará ao médico um cartão específico para a substituição por concussão (de cor vermelha), que será mostrado ao árbitro no momento da troca do atleta. Após o apito final, o médico o devolverá, com sua assinatura e o número do jogador, e preencherá um questionário obrigatório, detalhando os sintomas identificados e o tratamento feito com o atleta: se foi submetido a uma tomografia computadorizada, se ficou em observação no hospital ou em domicílio/hotel, entre outros.
Deverá ser enviado à Comissão Médica da CBF um relatório com a evolução do quadro do jogador, o protocolo de retorno aplicado e a data do regresso para a próxima partida.
“É uma vitória para nós. Estamos brigando por isso desde 2015. A adoção aconteceu após a reunião dos três departamentos responsáveis (Diretoria de Competições, Comissão Médica e Comissão de Arbitragem) e teve a aprovação do presidente Ednaldo. Acho que estamos dando um passo gigante para mostrar como a CBF preza pela proteção dos atletas”.
Jorge Pagura, presidente da Comissão Médica e de Combate à Dopagem da CBF
Mudanças propostas pela IFAB
A medida será aplicada tendo em vista a regulamentação das mudanças propostas pela International Football Association Board (IFAB), responsável pelas regras do futebol. As Eliminatórias para a Copa do Mundo Masculina 2026 e a Copa do Mundo Feminina 2023 incorporaram a substituição extra por concussão para suas partidas.
A escolha pelas Séries A e B se deu pela presença do VAR em todas as partidas. O instrumento é necessário para revisão e análise dos comportamentos da equipe médica e de arbitragem.
Para as demais competições, deverá ser seguido o protocolo de comunicação à Comissão Médica, com preenchimento do questionário sobre a lesão do jogador. O objetivo é que a substituição extra por concussão seja adotada gradativamente, mediante estudo dessa primeira implementação nas Séries A e B.
Com informações da assessoria de comunicação da Confederação Brasileira de Futebol