O Campeonato Brasileiro de 2025 começa neste sábado, 29 de março, e vai até o fim do ano, em 21 de dezembro. O formato é o que ocorre desde 2006: 20 clubes se enfrentam em turno e returno, totalizando 38 rodadas.
Além do campeão e dos quatro rebaixados à Série B, a competição definirá os classificados à Copa Libertadores e à Copa Sul-Americana de 2026.
Ao longo de suas 70 edições, o Brasileirão tem algumas marcas que dificilmente ou jamais serão batidas. O No Ataque mostra essas curiosidades a seguir.
Maior público
O Maracanã recebeu 155.523 torcedores na final do Campeonato Brasileiro de 1983, em que o Flamengo ficou com o título ao vencer o Santos por 3 a 0, gols de Zico, Leandro e Adílio.
Na época, não havia cadeiras em grande parte do maior estádio do país, bem como as medidas de segurança eram “afrouxadas”. Hoje, o principal palco do futebol nacional comporta menos de 79 mil pessoas, o que torna inviável a quebra do recorde.
Maior placar
Também no Brasileirão de 1983, o Corinthians goleou o Tiradentes, do Piauí, por 10 a 1. Sócrates marcou quatro gols, Paulo Egídio fez dois, Wladimir, Biro-Biro, Vidotti e Ataliba anotaram um cada. O Estádio Canindé, da Portuguesa, em São Paulo, contou com quase 18 mil torcedores. Curiosamente, o time nordestino saiu na frente no placar.
Naquela época, os estaduais ainda eram usados como meio de qualificação para a principal divisão do Campeonato Brasileiro. Isso fazia com que equipes desconhecidas cruzassem o caminho de grandes clubes, tornando frequentes os placares elásticos. A edição de 1983 contou com 44 equipes, sendo realizada em três fases de grupos e três mata-matas.
Recordista em partidas
O goleiro Fábio, que completará 45 anos no dia 30 de setembro, disputou 706 jogos no Brasileirão. Em atividade pelo Fluminense, o ídolo do Cruzeiro tem a chance de estender a marca para 744 partidas. Ele estreou no torneio com a camisa do Vasco, em 2000.

Para se ter uma ideia da dimensão dos números de Fábio, o segundo do ranking, o ex-goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, jogou 574 vezes pelo Brasileirão. Leonardo Moura, lateral-direito que fez história no Flamengo, fecha o ‘top-3’, com 497 presenças.
Qualquer atleta que queira superar Fábio terá de jogar pelo menos 20 edições do Campeonato Brasileiro, com a condição de entrar em todas as partidas. Um cenário praticamente impossível de acontecer.
Jogador com mais gols
Roberto Dinamite marcou 190 gols em 328 jogos pelo Campeonato Brasileiro. Foram 181 tentos pelo Vasco e nove a serviço da Portuguesa. Na sequência do ranking vêm Fred (158), Romário (154), Edmundo (153) e Zico (135).
Um jogador que teria chances, em médio prazo, de superar Dinamite é o atacante Gabriel Barbosa, do Cruzeiro. Aos 28 anos, ele soma 113 gols em 264 partidas na Série A por seus ex-clubes, Santos e Flamengo.
Principal contratação do Cruzeiro em 2025, Gabi assinou vínculo até dezembro de 2028, quando terá 32 anos. Se jogar com regularidade e estabelecer uma média de 15 gols por edição, chegará a 173 e ficará a 18 de ultrapassar Roberto Dinamite, restando-lhe alguns anos de carreira para atingir essa façanha.
Jogador com mais gols em uma partida
Edmundo marcou os seis gols do Vasco na vitória sobre o União São João (6 a 0) pela primeira fase do Brasileirão de 1997. O “Animal” terminou o certame como artilheiro geral, com 29 gols, e ajudou o seu time a se sagrar campeão.
Gols em uma edição
O maior artilheiro em uma edição do Brasileirão é o ex-atacante Washington. Pelo Athletico-PR, ele marcou 34 gols em 38 jogos em 2004 (o campeonato era disputado por 24 equipes e tinha 46 rodadas).
No mesmo ano, o Santos contabilizou 103 gols, superando os 102 do Cruzeiro em 2003.
Gol mais rápido
Nivaldo, do Náutico, é o autor do gol mais rápido do Campeonato Brasileiro. Em 1989, ele precisou de apenas oito segundos para receber passe de Augusto na saída de bola e soltar a bomba no canto esquerdo superior de Rômulo, goleiro do Atlético. O Timbu venceu a partida no Estádio dos Aflitos, no Recife, por 3 a 2.
Invencibilidade
Nenhum campeão brasileiro na era dos pontos corridos levantou a taça de maneira invicta. A equipe que menos perdeu duelos foi o Flamengo, em 2019, quando somou 90 pontos – 28 vitórias, seis empates e quatro derrotas.
De 1971 a 2002, o Internacional foi o único a vencer a Série A sem ser derrotado. O título nacional de 1979 veio com uma campanha de 16 vitórias e sete empates em 23 jogos.

Palmeiras (1960), Santos (1963, 1964 e 1965) e Cruzeiro (1966) se tornaram campeões brasileiros invictos a partir da unificação da Taça Brasil à Série A, homologada pela CBF em 2010.
Já o Atlético detém um feito peculiar: é o único vice-campeão nacional invicto, com 17 vitórias e quatro empates em 1977. Na final daquele ano, o Galo perdeu nos pênaltis para o São Paulo diante de mais de 102 mil torcedores no Mineirão.
Partida com mais expulsões
O jogo entre Goiás e Cruzeiro, pelo Grupo H do Brasileiro de 1979, ficou notabilizado pelas 14 expulsões em razão de uma briga generalizada no estádio Serra Dourada. A história foi registrada no Almanaque do Cruzeiro, do jornalista Henrique Ribeiro.
“O jogo não chegou ao seu final após uma briga generalizada entre os jogadores. O árbitro carioca Aluísio Felisberto Silva expulsou sete jogadores de cada lado e deu a partida por encerrada aos 35 minutos do segundo tempo. O placar de 3 a 1 a favor do Goiás foi mantido. Tudo começou quando o árbitro assinalou um pênalti inexistente para o time goiano, aos 16 minutos de jogo, que originou o gol de empate. No terceiro gol do Goiás, aos 35 do 2º tempo, Éber agrediu o zagueiro Marquinhos, do Cruzeiro, em frente ao árbitro, que nada fez. O lance revoltou os jogadores cruzeirenses, que partiram pra briga. Foi a única vez que o Cruzeiro teve sete jogadores expulsos em uma partida pelo Campeonato Brasileiro”.
Ranking de campeões brasileiros

Ao todo, 17 clubes conquistaram o Campeonato Brasileiro. O maior vencedor é o Palmeiras, com 12 títulos.
Três ganhadores não estão na primeira divisão em 2025: Athletico-PR e Coritiba vão jogar a Série B, e o Guarani competirá na Série C.
- Palmeiras – 12 títulos (1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016, 2018, 2022, 2023)
- Santos – 8 títulos (1961, 1962, 1963 , 1964 , 1965 , 1968, 2002 e 2004)
- Corinthians – 7 títulos (1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017)
- Flamengo – 7 títulos (1980, 1982, 1983, 1987, 1992, 2009, 2019 e 2020)
- São Paulo – 6 títulos (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
- Cruzeiro – 4 títulos (1966, 2003, 2013 e 2014)
- Fluminense – 4 títulos (1970, 1984, 2010 e 2012)
- Vasco – 4 títulos (1974, 1989, 1997 e 2000)
- Internacional – 3 títulos (1975, 1976 e 1979)
- Atlético – 3 títulos (1937, 1971, 2021)
- Botafogo – 3 títulos (1968, 1995 e 2022)
- Bahia – 2 títulos (1959 e 1988)
- Grêmio – 2 títulos (1981 e 1996)
- Athletico-PR – 1 título (2001)
- Coritiba – 1 título (1985)
- Guarani – 1 título (1978)
- Sport – 1 título (1987)
Os participantes da Série A de 2025
- Atlético
- Bahia
- Botafogo
- Ceará
- Corinthians
- Cruzeiro
- Flamengo
- Fluminense
- Fortaleza
- Grêmio
- Internacional
- Juventude
- Mirassol
- Palmeiras
- Bragantino
- Santos
- Sport
- São Paulo
- Vasco
- Vitória
Jogos da primeira rodada
Sábado, 29/3
- Juventude x Vitória – 18h30
- Fortaleza x Fluminense – 18h30
- Grêmio x Atlético – 18h30
- São Paulo x Sport – 18h30
- Cruzeiro x Mirassol – 18h30
- Flamengo x Internacional – 21h
Domingo, 30/3
- Palmeiras x Botafogo – 16h
- Vasco x Santos – 18h30
- Bahia x Corinthians – 20h
Segunda-feira, 31/3
- Bragantino x Ceará – 20h