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Em má fase, América irrita torcida e registra menor público do Brasileiro

América registrou menor público do Campeonato Brasileiro em jogo contra o Bragantino; fase não agrada torcida, que vaia atuações
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Afundado na zona de rebaixamento e sem demonstrar poder de reação, o América tem sentido a insatisfação da torcida dentro de campo. A falta de resultados positivos afeta o torcedor, que apesar de apoiar nos bons e nos maus momentos, se sente no direito de protestar – com razão. Uma das consequências do momento é ter o estádio vazio.

Na noite desta terça-feira, na derrota para o Bragantino por 2 a 0, o Coelho registrou o menor público do campeonato. Foram 2.247 presentes. Anteriormente, o jogo com menos torcedores havia sido na partida diante do Internacional, em que 2.249 pessoas compareceram ao Independência.

Nas 12 partidas como mandante – o time tem um jogo adiado contra o Vasco – o América levou ao estádio 53.397 torcedores. O número não é capaz sequer de lotar o Mineirão – que tem capacidade para receber 61.890 pessoas.

A presença de torcedores no estádio sempre foi uma questão para o América. Em 2021 e 2022, o time teve a segunda pior média de público do campeonato. Os registros foram de uma média de 2,8 mil e 3.829, respectivamente.

Neste ano, a melhor marca foi no duelo contra o Corinthians, pela 9ª rodada. Na ocasião, o Coelho bateu o Timão por 2 a 0, e o Independência contou com 6.760 torcedores presentes.

Torcida ‘sem paciência’

Na vice-lanterna, com 17 pontos somados em 23 jogos disputados, o América respira por aparelhos. A equipe está a seis pontos de distância do Goiás, o primeiro fora do Z4. As chances de rebaixamento crescem a medida que o Coelho se mostra sem reação na competição.

Dono da defesa mais vazada – são 49 gols sofridos – a torcida americana demonstra impaciência com a situação. Em diversos jogos, parte dos torcedores direcionam vaias e xingamentos a dirigentes e jogadores do clube.

O principal objetivo do América é se manter na Série A para tentar evitar o desastre financeiro e interno que seria a sétima queda à Segunda Divisão. Nos últimos anos, o time mudou de patamar e cresceu nacionalmente – disputou Copa Libertadores, Copa Sul-Americana e semifinal de Copa do Brasil. O torcedor, um dos principais alicerces, também mudou a mentalidade e faz cobranças mais duras. O tempo para reagir é curto.

O próximo compromisso é contra o Vasco, na segunda-feira (25/9), às 20h, no Independência, em Belo Horizonte, em jogo adiado pela 15ª rodada do Brasileiro.

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