Presidente do Atlético-GO, Adson Batista disse ser solidário às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, mas rechaçou a ideia de paralisar a disputa do Campeonato Brasileiro.
“Penso que não é solução parar o campeonato. Parar por quê? Para podermos ficar aqui sofrendo e chorando?”, afirmou Adson, ao ge, nesta terça-feira (7/5).
Para o presidente do Atlético-GO, paralisar o calendário nacional em solidariedade aos gaúchos criaria um problema para os demais clubes de fora do estado. O Rio Grande do Sul tem três representantes na Série A do Brasileirão: Juventude (de Caxias do Sul), Grêmio e Internacional (ambos de Porto Alegre).
“Não adianta. Não adianta criar um problema em cima de outro. Temos que continuar o campeonato, dar apoio aos irmãos do Sul, mas sem prejudicar a competição”, prosseguiu Adson Batista.
“Senão vamos passar pelos mesmos problemas da época da Covid-19. Com jogos cedo, à tarde e à noite. Time emergente como o Atlético-GO não tem estrutura para jogar um campeonato com bom nível pensando dessa forma”, completou o dirigente.
“É uma catástrofe e todos nós sentimos muito por nossos irmão brasileiros e pelo o que estão passando. Só que na minha opinião, um problema grande não justifica criar outro grande problema. O país é continental. Temos 20 clubes na Série A do Brasileiro. Os outros 17 vão ter que ser sacrificados?”, disse.
CBF adia jogos dos gaúchos
Nesta terça, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou o adiamento dos jogos de todos os clubes gaúchos nas competições nacionais femininas e masculinas. Contudo, manteve agendadas as partidas de equipes de outros estados.