O gramado da Arena MRV foi duramente criticado após a partida de inauguração, entre Atlético e Santos, no último domingo (27/8), pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo foi interrompido por alguns minutos para que a grama do setor norte, na grande área, fosse reparada. O problema não impediu a vitória do time da casa por 2 a 0. CEO do Galo, Bruno Muzzi explicou as razões das falhas no gramado.
A grama do estádio alvinegro foi plantada em janeiro. Por isso, os administradores optaram pelas sementes de verão. Com o passar dos meses, a chegada do tempo frio e seco mudou a situação do gramado.
“(A grama) estava maravilhosa. No inverno, colocamos a semeadura de inverno. As máquinas de iluminação não tinham chegado ainda. Quando chegaram, a ‘bermuda’, no norte, onde não bate sol no inverno em nenhuma hora do dia, sentiu muito, e a gente não conseguiu recuperar”, esclareceu Bruno Muzzi, em entrevista ao programa Filhos da Pauta, da Rádio 98FM, nesta segunda-feira (29/8).
Em seguida, o CEO completou que a parte prejudicada ficou somente com a grama de inverno e explicou: “É como se fosse cabelo de boneca”.
Alternativa do Atlético
Muzzi revelou ter preferência pela grama sintética por causa da arquitetura da Arena MRV. O modelo, entretanto, não foi instalado por falta de verba.
Mesmo assim, o projeto do estádio foi elaborado para que, no futuro, o gramado artificial possa ser inserido sem maiores problemas.
“Nós deixamos todo o dimensionamento hidráulico de bomba para irrigação preparado com as tubulações adequadas. Porque a grama sintética consome mais água que a natural. Ela esquenta muito e você precisa molhar rapidamente no intervalo de 15 minutos”, disse o CEO.
Previsão para instalação da grama sintética
O plano de Muzzi é trocar o gramado para sintético “o quanto antes”, já de olho nos eventos que o estádio vai receber.
“Após o show de Ivete, Jorge e Mateus, Maroon 5 e Jota Quest, eu pretendo fazer a troca da região norte”, detalhou Muzzi.
O CEO contou, também, que a parte do setor oeste onde não bate sol será a próxima a receber o modelo artificial.
Depois, com a Arena em operação, a meta é cobrir toda a dimensão, já que entra mais recurso: “Já facilita. Eu consigo parcelar um pouco mais. Muda, de fato, a história”, justificou.
