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SAF do Atlético define cinco metas para 2024

CEO do Atlético, Bruno Muzzi revelou, em entrevista coletiva, cinco metas traçadas pela SAF para reestruturação financeira do clube
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CEO do Atlético, Bruno Muzzi concedeu entrevista na tarde desta quarta-feira (14/11). O gestor comentou os planos traçados para a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Galo.

Muzzi revelou cinco metas criadas para a reestruturação financeira do clube. A seguir, confira cada uma delas, bem como a explicação do CEO.

Fluxo de caixa operacional positivo – geração de ebitda recorrente

“O Atlético não tem um resultado operacional positivo e a gente precisa rever isso. É bem complexo, temos diversas metas dentro dessa única, como a redução de custos em várias áreas. Temos um orçamento detalhado com muitas coisas a serem feitas. Vamos poder acompanhar esse processo através das nossas demonstrações de resultado, que chamamos de geração de ebitda recorrente”, disse.

“O ebitda nada mais é que o resultado diante de impostos, depreciação e amortização. A gente tira desse resultado a venda de atletas e também as depreciações relacionadas a esses contratos. Isso significa que é de fato um resultado operacional, eu não quero comprometer venda de atletas para fazer com que essa receita pague a operação do clube. Receita que nós obtivermos com venda de atletas precisam ser revestidas em aquisição de atletas”, finalizou.

Reestruturação do endividamento – alteração da estrutura de capital

“O endividamento do Atlético ainda é muito alto, a gente tem os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Arena MRV, dívidas bancárias que estão sendo amortizadas, mas precisamos melhorar esse perfil de dívida. Negociar com banco, credores, etc”, explicou.

Implementação do plano de otimização de custos

“Fizemos um estudo nas últimas cinco semanas, um plano ousado de redução. Cada uma das áreas e diretores tem seu plano de redução, para que a gente possa transformar esse fluxo de caixa operacional em positivo”, revelou Muzzi.

Maximização dos resultados da Arena MRV

“Não vamos fazer a Arena funcionar de forma perfeita em um ou dois anos, mas a gente já vem demonstrando essa capacidade de geração. Uma das fontes de receita importante é a bilheteria. Temos custos de segurança e limpeza, que são muito específicos. Temos questões estruturais na Arena também, que é a quantidade de segurança que precisamos ter. Esses custos são os mais importantes e representam uma média de R$ 215 milhões por jogo, mais de R$ 100 milhões de limpeza.”

“Tem uma representatividade grande e a gente passa a achar alternativas, temos uma meta muito clara de redução, que é importante para maximizar resultados e colocar a Arena no calendário. Vamos reestruturar a área comercial e precisamos de um calendário bem definido. Tem a questão da grama, que afeta bastante na execução de shows”, disse.

Implantação do novo planejamento estratégico

“É uma discussão constante e cada vez mais alinhada com o comitê do futebol, como eles enxergam o futebol do Atlético daqui para frente. Isso vem sendo construído. A discussão tem sido em ótimo nível”, finalizou.

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