O torcedor do Atlético deve acreditar no título do Campeonato Brasileiro? Para Felipão, a resposta é sim. O técnico mandou um recado para a torcida e revelou que se arrepiou com o grito do Eu acredito durante a vitória alvinegra por 2 a 1 sobre o São Paulo, neste sábado (2/12), no Mineirão, pela 37ª rodada da competição.
Para ficar com a taça, o Galo precisa torcer por tropeços do Palmeiras contra Fluminense e Cruzeiro. Isso porque se o time paulista vencer um dos jogos teria uma larga vantagem no saldo de gols. A diferença é 30 a 22 neste momento.
Ainda assim, Felipão pede para o torcedor acreditar. Ele ressalta o objetivo de terminar entre os quatro primeiros, mas ainda vê possibilidade de título.
“Quero me referir à torcida do Atlético que eles acreditem sim. Sou um torcedor como eles, e não sabemos o que vai acontecer. Até quarta-feira que vem disputamos o título, não sei quem vai ganhar amanhã. Temos o objetivo dos quatro (G4) e foi muito bom”, disse.
“Essa frase, Eu acredito, arrepia a gente, deixa a gente motivado, porque ninguém acreditava no final do jogo, o ‘Paulinho não pode ter feito o gol’, todo mundo brincando. Esse Eu acredito, tomara que não seja só uma frase do Galo, mas que todos nós possamos usar essa frase”, completou o técnico.
Felipão “avisa o Brasil”
Felipão também fez questão de elogiar o ambiente do Atlético e os funcionários do clube.
“Conseguimos chegar no jogo final ainda brigando pelo título. Está ótimo. Vamos valorizar o que temos. Temos uma coisa muito boa, tenho que falar para todo o Brasil, que é o ambiente. Pessoas que trabalham. Desde o mais humilde até o nosso presidente, que estão sempre juntos, conversando, brincando, em situações piores estavam juntos”, completou.
Com o resultado, o Atlético assume momentaneamente a vice-liderança, com 66 pontos. Agora, o alvinegro torce por um tropeço do Palmeiras contra o Fluminense. Os times se enfrentam neste domingo, às 16h, no Allianz Parque, em São Paulo.
O Galo volta a campo na quarta-feira, às 21h30. A equipe mineira enfrentará o Bahia na Arena Fonte Nova, em Salvador, enquanto o time paulista encara o Flamengo no Morumbi, em São Paulo.
Outras respostas de Felipão
Momento especial na carreira?
“É interessante, porque algumas pessoas acham ou acreditam que às vezes a dedicação, experiência são deixadas de lado porque tem alguma nova técnica, imagem, gente mais nova com outros palavreados. No futebol o mais certo é o trabalho para fazer os gols, se tiverem uma situação de trabalho para isso, conseguir isso, todo mundo vai ficar contente. O resultado final é que te dá uma conclusão certa se você atingiu ou não as pessoas, e aquilo te dá uma satisfação pessoal. Eu estava muito bem no Athletico-PR, junto com o Paulo Turra, Pracidelli, mas não sou um bom diretor. Algumas coisas que não compactuei, não entendi como correta na minha forma de pensamento. Voltei a ser técnico e estou feliz, satisfeito, ainda tenho mais um ano para queimar essa linha. Vamos ver onde, se o Rodrigo não me mandar embora.”
Se tem arrependimentos e avaliação do trabalho
“Não tenho como mudar, porque eu achei que fiz tudo certo dentro das minhas concepções mesmo quando não dava certo. Entendia eu que essa era a maneira, que precisava ser assim. Se fiz assim, não deu certo, tenho que assumir. Agora, fiz do meu jeito, deu certo, também está bom. Estou satisfeito, contente, vejo meu grupo feliz, contente no dia a dia do clube.”