FUTEBOL NACIONAL

Scarpa, do Atlético, não poupa elogios a joia do Palmeiras: ‘Vai me dificultar’

Conheça a joia do Palmeiras que preocupa Scarpa, do Atlético, para o confronto entre as equipes nesta segunda (17/6), pelo Brasileiro
Foto do autor
Foto do autor
Compartilhe

O Atlético terá oponente duro nesta segunda-feira (17/6), pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena MRV, a partir das 20h30: o Palmeiras, atual campeão da competição. Ex-jogador da equipe paulista, o meia Gustavo Scarpa, do Galo, demonstra preocupação com um atleta específico do oponente alviverde.

Trata-se do atacante Estevão, o ‘Messinho’, joia de 17 anos que tem se destacado no time profissional palmeirense em 2024. Ele já tem três gols e três assistências em 19 partidas – 11 como titular – no ano. O atacante é um dos principais expoentes da “geração de ouro” das categorias de base do clube, ao lado do atacante Endrick, que foi vendido ao Real Madrid em negócio que pode chegar a 72 milhões de euros (R$ 411 milhões, na cotação atual) e defenderá o time espanhol a partir de julho, e do meia-atacante Luis Guilherme, que foi anunciado pelo West Ham na quarta-feira (12/6) em operação de 30 milhões de euros (R$ 172,8 milhões) e também se tornará jogador da equipe inglesa em julho.

“É o Estevão que chamavam de Messinho, né? A gente já falava dele, tinha uns vídeos que víamos. Surgiu o Endrick, e falavam do Messinho e do Luís Guilherme. Vai ser difícil demais. Vi os gols do Palmeiras (2×0 contra o Vasco, duas assistências do Estevão), é difícil. Precisa de pelo menos uns dois para marcar o Estevão, porque ele é muito habilidoso”

Gustavo Scarpa, em coletiva de imprensa na Cidade do Galo na sexta-feira (14/6)

Scarpa, inclusive, deve ser um dos “dois jogadores” a que ele se refere responsáveis por marcar Estevão. O meia tem jogado como ala-esquerda na ausência de Guilherme Arana, que está com a Seleção Brasileira nos Estados Unidos, para a disputa da Copa América, e deve sofrer com a joia palmeirense, que costuma jogar pelo lado direito do ataque. Gustavo indicou que ele e Rômulo, cotado para ser o zagueiro titular pela esquerda, terão que se ajudar para conter o atacante de 17 anos

“Que a minha atuação seja a melhor possível, trabalhar para isso. Mas sem dúvida nenhuma será muito difícil. O Estevão é muito bom jogador, liso, muito leve e moleque. Não à toa está sendo vendido por uma fortuna, muito bom de bola. Tenho certeza que vai dificultar muito o meu jogo, mas entra naquilo de adaptação.Vou me adaptar e tentar ajudar o Rômulo, o Rômulo me ajuda, ou qualquer outro jogador”, disse o meia do Galo.

Venda de Estevão para gigante europeu está encaminhada

Ao que tudo indica, Estevão será jogador do Chelsea, da Inglaterra, a partir de julho do ano que vem, quando completará 18 anos. É o que garantiu o jornalista César Luis Melo em maio. Ele informou que Palmeiras e o clube inglês já se acertaram em negócio que gira em torno de R$ 360 milhões de reais.

Se concretizada, a venda vai impactar nos cofres do Cruzeiro. O atacante chegou à Raposa em 2015, quando ainda disputava a categoria Sub-9. Em maio de 2021, aos 14 anos, após imbróglios com a diretoria celeste, ele se transferiu à base do Palmeiras.

Estevão no Cruzeiro

Estevão defendeu a camisa celeste nas categorias de base. Considerado joia, deixou o Cruzeiro em 2021. Pouco depois de completar 14 anos, assinou contrato de formação esportiva com o Palmeiras e trocou a Toca da Raposa pelo CT da equipe paulista. Naquela época, o então presidente celeste, Sérgio Santos Rodrigues, considerou imoral a manobra do Verdão.

No mesmo ano, a Justiça do Trabalho condenou a equipe mineira a pagar R$ 100 mil a Ivo Gonçalves, pai de Estevão, por não ter bancado valores relacionados à rescisão de contrato.

Em 2019, dois anos antes da transação, o nome de Estevão foi parar no Fantástico. À época presidido por Wagner Pires de Sá e com Itair Machado como vice de futebol, o Cruzeiro deu os direitos econômicos do jogador como garantia de pagamento de empréstimo contraído junto a um empresário do ramo de EPIs.

O acordo foi considerado ilegal, visto que o clube não poderia fazer esse tipo de negociação envolvendo uma criança de 12 anos. Segundo a Lei Pelé, um clube pode ter direito sobre um atleta quando ele completar 14 anos.

Compartilhe