O Atlético ainda não atingiu a meta de arrecadação estipulada para este ano com a venda de jogadores. O clube pretende receber nos próximos meses aproximadamente mais R$ 35 milhões líquidos para alcançar o objetivo estabelecido pela SAF (Sociedade Anônima de Futebol).
Conforme noticiou o No Ataque em março, o Atlético tem como meta arrecadar em 2024 cerca de R$ 64 milhões. Na conta, entram parcelas de vendas de jogadores em anos anteriores, mecanismos de solidariedade e quaisquer outros valores referentes a transferências de atletas.
Nesta janela, o Atlético recebeu propostas por alguns nomes. Apesar disso, nenhuma foi considerada razoável pela diretoria, pois os valores oferecidos foram mais baixos do que o esperado. Essas propostas de outros clubes, inclusive, não foram por jogadores considerados titulares no time comandado por Gabriel Milito.
Vendas do Atlético em 2024
Na primeira janela de transferências, o Atlético vendeu o lateral-direito Paulo Henrique ao Vasco, por cerca de R$ 4,9 milhões, e o atacante Pavón ao Grêmio, por aproximadamente R$ 19,8 milhões, totalizando R$ 24,7 milhões.
Houve, ainda, a negociação do meia Yan com o Atlético San Luis, do México. Nessa transação, o Atlético recebeu quase R$ 4 milhões. No entanto, não é possível saber se o clube irá considerar esse valor no balanço, já que se tratava de um atleta das categorias de base.
Em abril, o clube rescindiu com o meio-campista Edenilson e vendeu o também meia Patrick ao Santos, por R$ 5,2 milhões. Posteriormente, o Galo transferiu Jemerson ao Grêmio, por R$ 3,3 milhões.
Outras arrecadações
Considerando o mecanismo de solidariedade, o Atlético vai receber valores importantes em 2024. Em agosto, o lateral-direito Emerson Royal – que defendeu o Galo por nove meses em 2019 – acertou a saída do Tottenham-ING rumo ao Milan-ITA.
Segundo o jornalista italiano Fabrizio Romano, especializado no mercado de transferências, o Milan desembolsou cerca de 15 milhões de euros (R$ 90,8 milhões) para contratar o brasileiro.
O Atlético tem direito a 0,37% de qualquer transferência internacional do atleta, via mecanismo de solidariedade. Sendo assim, o Galo lucra aproximadamente 55,5 mil euros (R$ 335 mil) com a negociação.
Da mesma forma, a transferência do atacante Savinho para o Manchester City-ING foi positiva para o Atlético. O jogador que pertencia ao Troyes-FRA, mas estava emprestado ao Girona-ESP na última temporada europeia, vai render alguns milhões ao Galo.
O Galo vendeu Savinho ao Troyes – que pertence ao Grupo City – por 6,5 milhões de euros (R$ 33,5 milhões à época) em 2022. O clube mineiro manteve 12,5% dos direitos econômicos do jogador no acordo.
Além disso, o alvinegro ainda tem mais 2% do valor total devido ao mecanismo de solidariedade. Desta forma, o Atlético receberá 14,5% da venda do brasileiro ao City.
De acordo com o portal britânico The Athletic, o Manchester City pagou 25 milhões de euros (R$ 151,5 milhões) adiantados, sendo outros 15 milhões de euros (R$ 90,9 milhões) em acréscimos.
Desta forma, o Atlético terá direito a no mínimo R$ 22 milhões e no máximo R$ 35,3 milhões. Os valores, no entanto, não necessariamente entrarão nos cofres do clube em 2024, já que o City pode ter parcelado a compra.