Na noite da última quarta-feira (20/11), o Atlético conquistou ponto importante diante das circunstâncias na Série A do Campeonato Brasileiro ao empatar com o líder Botafogo, por 0 a 0, em duelo disputado pela 34ª rodada. Fora das quatro linhas, no entanto, o Galo teve prejuízo por atuar de portões fechados no Independência, estádio do América em Belo Horizonte, em virtude da interdição da Arena MRV.
A presidência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deferiu, em 12 de novembro, o pedido da Procuradoria pela interdição da casa do Galo na capital mineira. A medida se deu após as cenas de selvageria protagonizadas por torcedores do time alvinegro na final da Copa do Brasil contra o Flamengo, disputada em 10 de novembro.
Com a determinação para atuar em outra praça desportiva com portões fechados “até que comprove a adoção de medidas necessárias e suficientes para garantir a segurança na Arena MRV”, o Atlético optou por mandar jogos no Independência – onde construiu história vitoriosa no passado recente.
Com público zero diante do Botafogo, naturalmente, o Galo não teve receitas de bilheteria no confronto pelo Brasileirão. O boletim financeiro disponibilizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) detalhou as despesas da operação alvinegra no Horto.
O documento comprova que o Atlético pagou R$ 100 mil ao América pelo aluguel do campo – o maior custo do Galo na partida. As outras principais despesas estiveram relacionadas à arbitragem (cerca de R$ 54,4 mil), segurança privada (R$ 9,4 mil) e limpeza e conservação (R$ 9,3 mil).
O total das despesas, conforme borderô, superou a casa dos R$ 205 mil. Veja o detalhamento na lista abaixo.
Atlético 0 x 0 Botafogo: boletim financeiro da partida no Independência
- Público: zero
- Receita: zero
- Despesas: R$ 205.725,22
Atlético estimava receita milionária com “prévia de final” na Arena MRV
A prévia da final da Copa Libertadores, em condições normais, seria disputada na Arena MRV. O clube mineiro estimava lucro de cerca de R$ 2 milhões com a operação da partida se atuasse em seu estádio. Esta informação foi antecipada pela Itatiaia e confirmada pela reportagem de No Ataque com fontes do Galo.
O valor contemplaria as receitas com a venda de ingressos para o confronto e também as fontes de renda diversas do Atlético na Arena MRV. Com a nova casa, o clube também passou a lucrar com a venda de alimentos, bebidas e vagas de estacionamento em dias de jogos.
A diretoria do Galo já estuda mudanças na estrutura da Arena MRV para tentar conferir maior segurança aos torcedores e profissionais envolvidos nos jogos. Catracas “de presídio”, ampliação de vidros nas beiradas do campo e um controle mais rígido de ingressos estão nos planos do clube, de acordo com dirigentes.