O futebol tem uma expressão curiosa, que prega que um jogador tem maiores chances de marcar gols quando enfrenta um clube que já defendeu: a “lei do ex”. Neste domingo (6/4), no entanto, o Atlético sofreu com a lei do ex inversa: ex-jogador do Galo, o goleiro Rafael empilhou grandes defesas no Mineirão, em Belo Horizonte, em compromisso pela segunda rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
As intervenções de Rafael foram decisivas no Gigante da Pampulha. O ex-arqueiro do Atlético assegurou o empate para o São Paulo diante do Galo, por 0 a 0.
Rafael fez pelo menos três grandes defesas no segundo tempo, quando o time alvinegro cresceu em produtividade. Ele defendeu chute à queima-roupa de Gustavo Scarpa e cabeceios de Lyanco e Júnior Santos, já nos minutos finais da partida.
No SofaScore, plataforma de estatísticas de esportes em geral, Rafael teve a maior nota do confronto: 8,2. De acordo com o aplicativo, o goleiro fez cinco defesas em finalizações de dentro da área.
Rafael pelo Atlético
Rafael teve média de um título a cada seis jogos pelo Atlético. Atleta do clube alvinegro de março de 2020 a dezembro de 2022, o goleiro levantou seis taças com a camisa preta e branca.
Com o Galo, Rafael comemorou as conquistas de três Campeonatos Mineiros (2020, 2021 e 2022), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022). No fim do último ano pelo Atlético, foi vendido ao São Paulo por R$ 5 milhões.
Em quase três temporadas pelo Atlético, no entanto, Rafael disputou apenas 31 jogos. Contratado pelo clube mineiro em 3 de março de 2020, dois dias após o argentino Jorge Sampaoli, o arqueiro viu o novo treinador solicitar à diretoria alvinegra a chegada de um goleiro que também se destacasse pelo desempenho com os pés.

Veio a pandemia de Covid-19, e o futebol foi paralisado. Em setembro daquele ano, de toda forma, o Galo fechou junto ao Santos a contratação de Everson – que viria a se tornar um grande ídolo da instituição no futuro.
Depois da chegada de Everson, Rafael fez somente 16 jogos representando o time alvinegro – sempre em situações em que o titular foi desfalque ou preservado pelas comissões técnicas. Ele deixou o Atlético, portanto, com média próxima de um título conquistado a cada seis compromissos.