CAMPEONATO BRASILEIRO

VAR de Atlético x Botafogo: áudios explicam vermelho e gol não anulado

Galo ganhou por 1 a 0, com gol marcado por Cuello, nesse domingo (20/4), no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta segunda-feira (21/4) os áudios do VAR em dois lances decisivos da vitória do Atlético por 1 a 0 contra o Botafogo, domingo (20/4), no Mineirão, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

A primeira jogada revisada pela arbitragem de vídeo foi o gol do atacante Cuello, aos dois minutos do segundo tempo. No lance, o meio-campista Gabriel Menino cobrou escanteio no segundo pau para o argentino testar para as redes.

O que causou a revisão foi um empurrão do zagueiro Lyanco, do Atlético, no também zagueiro Jair, do Botafogo, na primeira trave. Em campo, o árbitro Ramon Abatti Abel não viu o choque. Por isso, o VAR – comandado por Rodolpho Toski Marques – recomendou a ida ao monitor.

E assim foi feito. Na cabine do VAR, o entendimento era de que o empurrão de Lyanco não foi suficiente para derrubar Jair e não interferiu na jogada, uma vez que o botafoguense não teria condições de alcançar a bola.

“Ramon, deixa eu te falar o que acontece. É uma bola que vai diretamente na cabeça do cara que faz o gol (Cuello), ok? Ele está à frente. O jogador do preto (Lyanco) tem um movimento nas costas com as duas mãos contra o adversário (Jair), que não tem possibilidade de jogar. Essa é a situação de jogo. É um incidente não visto teu, estou te narrando o que aconteceu”, ouve-se, do VAR.

“É um incidente que não vi, então vou lá olhar”, reforça Ramon.

“Ele não está envolvido na jogada e não tinha a possibilidade de jogar. Aí, ele tem as duas mãos nas costas, só que a bola foi lá no segundo pau e ele não tinha a possibilidade de jogar, ok?”, seguem, da cabine do VAR.

“A bola já passaria. É um impacto mínimo, o jogador já está olhando a bola passar. O impacto é mínimo. O jogador está com a mão nas costas, mas a bola já tinha passado. Tem o contato, e ele acaba já caindo. Para mim, não houve falta”, diz Ramon, em veredito antes de manter o gol.

“Concordo com você”, reitera o VAR.

Cartão vermelho

Outro lance crucial foi o cartão vermelho aplicado ao zagueiro David Ricardo, do Botafogo, aos 15 minutos da etapa final. No lance, o volante Gregore deu um passe errado e foi interceptado. Cuello ficou com a bola e lançou o atacante Hulk em profundidade.

O camisa 7 atleticano adiantou a bola para se desvencilhar de David Ricardo. O jovem de 22 anos, então, optou pela falta e parou Hulk, que iria sair cara a cara com o goleiro John.

Em campo, Ramon Abatti Abel assinalou a infração e puniu o botafoguense com cartão amarelo. O VAR recomendou a revisão.

“Tem direção, tem possibilidade de domínio, o defensor não tem mais, ele está atrás. Vou voltar com o cartão vermelho para o número 57 por impedir uma abordagem clara de gol”, diz Ramon, após revisar a jogada.

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