Torcedores do Atlético disparam gritos de “Ei, Menin, vai tomar no **” nas arquibancadas da Arena MRV na noite desta quinta-feira (24/7). Os protestos ocorreram ao fim do primeiro tempo da partida contra o Bucaramanga pelos playoffs da Copa Sul-Americana. Os jogadores também foram vaiados.
Não se sabe para qual dos membros da família Menin os gritos foram direcionados. A SAF alvinegra tem como principais gestores Rubens Menin e seu filho, Rafael.
Ainda que grande parte dos torcedores tenham proferido xingamentos, houve uma pequena parcela que optou por defender os investidores atleticano, com argumentos como: “Os Menin não entram em campo”.
Nos últimos dias, o Galo passou por momentos conturbados em função do atraso no pagamento de salários e demais direitos trabalhistas. A crise chegou ao ápice quando o atacante Rony pediu rescisão contratual na Justiça – o atleta, entretanto, desistiu da ação após acordo com a diretoria e comissão técnica
Jogadores do Atlético também foram xingados
Antes do início da partida, torcedores também xingaram e vaiaram os meias Gustavo Scarpa e Igor Gomes e o atacante Rony.
“Ei, Igor Gomes, vai tomar no **”. “Scarpa, otário”. “Rony seu otário, tomar no ** e vai para casa do ca*****”, foram os cantos reproduzidos por boa parte dos atleticanos.
As vaias foram claras no momento em que o locutor do estádio narrou a escalação da equipe. Além deles, também ouviram o som o lateral-esquerdo Caio, o volante Gabriel Menino e o atacante Júnior Santos.
Scarpa e Rony já haviam sido xingados por torcedores de organizadas no protesto realizado nessa quarta-feira, em frente à Arena MRV. “Nós que ama o Galo, Scarpa vai para a casa do cara***”, foram um dos gritos.
Por que as vaias?
O camisa 10, Igor Gomes e o lateral-esquerdo Guilherme Arana notificaram o Atlético de forma extrajudicial pelos atrasos nos pagamentos de remuneração.
Rony, por sua vez, pediu rescisão de contrato na Justiça pelo mesmo motivo, mas mudou de ideia após conversar com a diretoria e o técnico Cuca.
Já Caio não conta com prestígio da torcida por motivos técnicos. Menino, por sua vez, não notificou o Atlético e teve que rebater os rumores nas redes sociais, assim como Júnior Santos.
“Em respeito aos torcedores e à Massa atleticana, informo que são inverídicas as matérias e posts nas redes sociais que circularam nesta tarde, afirmando que notifiquei extrajudicialmente o Atlético-MG, por conta de débitos pendentes. O assunto em questão, de conhecimento público, tem sido tratado diretamente com a diretoria e o staff do clube. Sigo empenhado em cumprir meu papel em campo pelo Galo para dar alegrias aos torcedores que me acolheram tão bem desde a minha chegada”, publicou Menino.
“Por conta de publicações inverídicas envolvendo o meu nome e em respeito aos torcedores do Atlético, comunico que não notifiquei o clube extrajudicialmente. Infelizmente, irresponsavelmente, alguns posts e notícias em sites circularam levantando esse assunto. Sigo empenhado no dia a dia do clube, fazendo o meu melhor e me dedicando, para retribuir todo o carinho que recebi desde o primeiro dia que cheguei em Belo Horizonte. De forma muito respeitosa, meu empresário está em contato com a diretoria do Atlético para resolver qualquer pendência, assunto que é de conhecimento público, da melhor maneira”, publicou Júnior Santos.
Finanças do Atlético
O Atlético tem atrasado constantemente os pagamentos de salários, direitos de imagens e até luvas. O clube convive com altos juros devido à dívida de R$ 1,4 bilhão e não tem conseguido honrar com os compromissos.
Com isso, o clube busca um novo aporte no mercado. Caso não encontre, é possível que os atuais gestores da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) coloquem mais dinheiro.