A derrota por 3 a 1 do Atlético para o Grêmio nesse domingo (17/8), na Arena MRV, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, ficou marcada pelo alto número de expulsões. Do lado alvinegro, o atacante argentino Tomás Cuello e o zagueiro paraguaio Júnior Alonso foram expulsos. Já do lado tricolor, o centroavante Carlos Vinícius e o volante Dodi receberam cartões vermelhos.
Horas após o fim do jogo, a Confederação Brasileira de Futebol divulgou as análises do VAR nos lances que tiraram a dupla alvinegra de campo. No primeiro, o árbitro de vídeo recomendou que o juiz de campo trocasse o cartão amarelo de Cuello por uma expulsão direta, enquanto no segundo, tentou convencê-lo de que Alonso e Dodi não deveriam receber cartões vermelhos.
A única expulsão que não teve a revisão divulgada foi a de Carlos Vinícius. O camisa 95 do Grêmio levou cartão vermelho direto por acertar cotovelada no chileno Ivan Román aos 19 minutos do segundo tempo.
Carlos Vinícius, do Grêmio, foi expulso
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Expulsão de Cuello
Aos 31 minutos, Cuello deu pisão em Riquelme, do Grêmio, e foi advertido com cartão amarelo. “Ele não pisou. Acompanha comigo, ele não pisou, só colocou o pé. Não teve intensidade” opinou inicialmente o árbitro Alex Gomes Sefano (RJ) em conversa com o árbitro de vídeo.
Carlos Vinícius, do Grêmio, foi expulso
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No entanto, Caio Max Augusto Vieira (GO), que comandava o VAR, decidiu chamá-lo para revisão por acreditar que o lance poderia ser passível de expulsão direta: “Vou chamar ele para a revisão. Sugiro revisão para possível cartão vermelho. O jogador número 28 (Cuello) pisa na coxa do seu adversário e não tira o pé. Vou te mostrar o ponto de contato.”
Assim que chegou ao monitor, Alex precisou de segundos para mudar sua decisão: “Ok, pisou e ainda largou um pouco em cima. Ele pisa e ainda faz a carga com o seu corpo. Ok, vou trocar a minha decisão e retornar com o cartão vermelho.”
Expulsões de Alonso e Dodi
Aos 48 minutos, Júnior Alonso e Dodi receberam cartões vermelhos de forma direta por trocarem agressões após o zagueiro alvinegro sofrer falta do atacante gremista André Henrique.
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“Os dois se agrediram aqui. Trocaram socos. O número 6 (Alonso) e o número 17 (Dodi). E cartão amarelo para o 77 (André). Eu expulsei o 6 (Alonso) e o 17 (Dodi) por agressão. Eles trocaram socos na minha frente. O jogo estava parado e eles se empurraram de forma acintosa”, explicou Alex imediatamente após a confusão.
Na sequência, Caio pediu que o juiz narrasse a decisão disciplinar. Alex, assim, afirmou: “Teve o cartão amarelo ao 77. Pouco em seguida, o Alonso e o Dodi se empurraram agressivamente. Um empurrão ou um soco no peito, um dos dois. E o jogo estava parado, foram condutas violentas dos dois”.
“Ele (Dodi) empurra de leve, e o outro (Alonso) só empurra aqui. Foram essas duas ações. Para mim não são ações para cartão vermelho. Alex, sugiro revisão para possível não cartão vermelho. Não tem soco”, opinou o árbitro de vídeo.
“Caio, o jogo estava parado, foi acintoso, eu estava de frente. Tem certeza?”, indagou o juiz de campo. O chefe do VAR, na sequência, reafirmou a sugestão para que Alex fosse ao monitor rever o lance: “Tenho. Sugiro revisão, Alex. O jogador de branco (Dodi) dá um empurrão de leve e o jogador número 6 (Alonso) devolve o empurrão com força muito baixa, não tem força excessiva e não tem soco”.
Alex, então, voltou a dizer que, para ele, o lance exigia cartões vermelhos diretos para ambos: “Caio, o jogo estava parado, os dois trocaram empurrões de forma acintosa. Eu vou manter a minha decisão”.
Caio e seus assistentes no VAR ainda tentaram convencê-lo uma última vez: “O número 17 (Dodi) empurra de forma leve, Alex. A decisão é sua”.
No entanto, o juiz preferiu manter a decisão inicial e expulsou ambos.