A três rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, dois clubes já estão rebaixados à Série B. Atlético-GO e Cuiabá, que somam 26 e 30 pontos, não podem mais alcançar o 16º colocado, Fluminense. Assim, resta definir as duas vagas restantes no Z4.
Neste momento, o Red Bull Bragantino é o que apresenta o maior risco de se juntar às agremiações de Goiás e Mato Grosso. De acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, a probabilidade de queda dos paulistas é de 69,9%.
Um aspecto contribuiu para a derrocada do Massa Bruta. No returno do Brasileirão, o aproveitamento é de 22,92% em 16 partidas. O time ganhou apenas um jogo, além de oito empates e sete derrotas.
Na primeira metade da Série A, o Braga era o 12º, com 26 pontos, nove a mais que o Fluminense, 17º. Hoje, a equipe está em 18º, com 37, dois abaixo do Tricolor Carioca, 16º, com 39.
O desempenho do Bragantino é tão ruim que até os rebaixados venceram mais confrontos no returno do Brasileiro. O Atlético-GO contabilizou quatro triunfos, enquanto o Cuiabá celebrou o resultado positivo duas vezes.
Risco de rebaixamento, segundo a UFMG
- Atlético-GO e Cuiabá – 100%
- Bragantino – 69,9%
- Criciúma – 66,1%
- Fluminense – 37,3%
- Athletico-PR – 9,8%
- Juventude – 9%
- Grêmio – 6,1%
- Vitória – 1,4%
Bragantino x Cruzeiro
O próximo duelo do Bragantino é contra o Cruzeiro, às 18h30 de domingo (1º/12), no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Será o reencontro de Fernando Seabra, técnico do Red Bull, com a Raposa.
Seabra dirigiu a equipe mineira de abril a setembro de 2024. Em pouco mais de cinco meses, obteve 17 vitórias, nove empates e 10 derrotas. O treinador deu lugar a Fernando Diniz, que ainda não emplacou bons resultados.
Com Diniz, o Cruzeiro tem duas vitórias, quatro empates e cinco derrotas, considerando Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana. O time recebeu críticas pela atuação ruim na final continental, em que perdeu para o Racing, da Argentina, por 3 a 1.
Partidas restantes
Depois de enfrentar o Cruzeiro, o Red Bull Bragantino visitará o Athletico-PR, na 37ª rodada, e fechará o Brasileirão diante do Criciúma, em Bragança Paulista. Os dois adversários são concorrentes diretos na briga pela permanência na Série A.
Desde 2020, o Bragantino disputa a Série A (foi campeão da B em 2019, com 75 pontos). Além do sexto lugar em 2023, o time ficou em 10º na primeira participação (53 pontos), sexto em 2021 (56) e 14º em 2022 (44).
Faturamento de quase R$ 500 milhões
Controlado pela companhia austríaca de bebidas energéticas Red Bull, o Bragantino declarou um faturamento de R$ 488 milhões em 2023, à frente de gigantes como Grêmio, Atlético, Cruzeiro, Santos e Vasco. O clube fez bom Brasileirão no ano passado ao terminar em sexto, com 62 pontos, classificando-se para a Copa Libertadores.
- Flamengo: R$ 1,374 bilhão
- Corinthians: R$ 936 milhões
- Palmeiras: R$ 908 milhões
- São Paulo: R$ 680 milhões
- Athletico-PR: R$ 510 milhões
- Bragantino: R$ 488 milhões
- Fluminense R$ 480 milhões
- Grêmio: R$ 467 milhões
- Atlético: R$ 439 milhões
- Santos: R$ 424 milhões
- Internacional: R$ 423 milhões
- Botafogo: R$ 388 milhões
- Vasco da Gama: R$ 363 milhões
- Fortaleza: R$ 258 milhões
- Cruzeiro: R$ 243 milhões
- América: R$ 187 milhões
- Bahia: R$ 176 milhões
- Cuiabá: R$ 139 milhões
- Ceará: R$ 132 milhões
- Coritiba: R$ 99 milhões
- Goiás: R$ 98 milhões
Investimentos
Em cinco anos na elite, o Braga investiu valores vultosos em contratações de atletas com menos de 23 anos. Em 2021, por exemplo, o clube pagou R$ 35,9 milhões por Bruno Praxedes, do Internacional, e R$ 25 milhões por Artur, do Palmeiras.
Por outro lado, o Red Bull obteve retorno financeiro ao fechar grandes vendas, como as de Claudinho, para o Zenit, da Rússia, por R$ 92 milhões; e Natan, ao Napoli, da Itália, por R$ 53 milhões.