CORINTHIANS

Cabe no seu time? Corinthians negocia rescisão de jogador, que cobra bolada

Jogador que chegou ao Corinthians com status de 'astro' cobra milhões de reais e está insatisfeito com o clube

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O meio-campista Igor Coronado deve deixar o Corinthians. O jogador, além de estar insatisfeito pela falta de oportunidades no time, cobra o pagamento de luvas acertadas com a gestão Augusto Melo em sua contratação que ainda não foram quitadas.

Como apurou a Gazeta Esportiva, o acordo para a chegada de Igor Coronado ao clube, oficializado em fevereiro de 2024, envolveu o pagamento de R$ 27 milhões em luvas. O valor foi diluído mensalmente ao longo do vínculo, válido por duas temporadas.

A diretoria presidida por Augusto Melo, contudo, atrasou o pagamento deste compromisso. A dívida, no momento, é de R$ 10 milhões. Desta quantia, R$ 8 milhões devem ser destinados ao atleta, enquanto os outros R$ 2 milhões precisam ser pagos ao empresário Rafael Brandino.

Incomodado com a falta de espaço na equipe comandada por Dorival Júnior e com o atraso nos pagamentos, Coronado pediu à diretoria, por meio de seu representante, para chegar a um acordo de rescisão do contrato com o Corinthians.

O clube não se opõe à saída do jogador. O departamento de futebol entende que ele não correspondeu como o esperado e pode abrir espaço na folha salarial. Em 67 jogos disputados com a camisa alvinegra, sendo 31 como titular, foram sete gols e cinco assistências, e um custo mensal total de aproximadamente R$ 2 milhões.

As partes agora negociam um termo agradável para ambos os lados. Isso porque, além da pendência de R$ 10 milhões, restam outros R$ 17 milhões a serem pagos somente referente às luvas. O Corinthians e o estafe de Coronado, portanto, tentam encontrar um valor de consenso para desfazer o vínculo.

Atraso expôe Corinthians a riscos

O atraso no pagamento das luvas prometidas a Igor Coronado expõe o Corinthians a riscos. Apesar da premiação não ser especificada pela Fifa ou pela Lei Geral do Esporte como hipótese de rescisão indireta do contrato, como os salários ou direitos de imagem, por exemplo, a verba pode, sim, ser entendida como remuneração desde que diluída ao decorrer do contrato. Este é justamente o caso de Coronado.

O cenário seria distinto caso as luvas fossem acertadas de maneira autônoma, sem ser incorporada ao salário. O Timão, portanto, não se vê respaldado para entrar em uma briga jurídica neste caso, que também poderia acarretar em riscos ao próprio jogador, seja por uma eventual derrota ou pela possibilidade do clube inserir a dívida na RCE (Regime Centralizado de Execuções) que está sendo costurada na Justiça.

Outras pendências

A diretoria interina de Osmar Stabile não herdou pendências apenas com Coronado e Memphis Depay. Conforme apuração da Gazeta Esportiva, a gestão Augusto Melo também atrasou o pagamento de premiações à equipe feminina pelo título da Libertadores, no ano passado, e ao time profissional masculino, pela classificação à Libertadores deste ano e pela conquista do Paulistão, há cerca de três meses.

Além disso, o clube também não quitou um montante referente ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) do elenco. O problema só foi resolvido nesta semana.

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