Contratado para ser o homem-gol do Cruzeiro nesta temporada, Gilberto não tem correspondido às expectativas da diretoria da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). O centroavante de 34 anos está há 16 jogos sem marcar e vive um de seus piores momentos da carreira.
O experiente jogador atingiu essa marca negativa ao passar novamente em branco. Ele foi titular na derrota da Raposa para o Fluminense (1 a 0), nessa quarta-feira (20/9), no Maracanã, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, e teve atuação bem apagada.
A ‘seca’ de Gilberto já dura exatos 130 dias. O último tento anotado pelo atacante foi na goleada do Cruzeiro por 4 a 0 sobre o América, no Independência, em 14 de maio, pela 6ª rodada. Na oportunidade, ele saiu do banco de reservas no segundo tempo e fez os últimos dois gols do clássico.
Gilberto tem seis gols e uma assistência em 32 partidas pelo Cruzeiro. Metade desses tentos foram anotados no Campeonato Mineiro, enquanto a outra parte no Brasileirão.
Jejum de ex-centroavantes do Cruzeiro
A reportagem de No Ataque traz, abaixo, um levantamento comparando a ‘seca’ de gols de Gilberto com os jejuns dos últimos ex-centroavantes contratados pelo Cruzeiro. Na lista estão nomes marcantes da história do clube, mas que também enfrentaram turbulência durante a passagem pela Toca da Raposa 2.
Fred está empatado com Gilberto no topo do ranking. Em 2019, ano do rebaixamento celeste à Segunda Divisão, o ex-jogador ficou 16 jogos sem balançar as redes adversárias (114 dias).
Ele iniciou a fase ruim após a vitória do Cruzeiro por 2 a 0 sobre o Deportivo Lara, na Venezuela, pela fase de grupos da Libertadores, em 23 de abril. O ídolo do Fluminense só encerrou esse período ‘indigesto’ no triunfo por 2 a 0 sobre o Santos, no Mineirão, pela 15ª rodada do Brasileiro, em 18 de agosto.
Outro atacante que passou por um longo jejum no Cruzeiro foi Edu (71 dias). O ex-camisa 99 ficou 13 partidas sem marcar em 2022 – duas nas oitavas da Copa do Brasil e 11 na Série B. Contudo, ele contornou a má fase e ainda se tornou o artilheiro do time na campanha do título da Segundona, com 11 gols.
Companheiros de ataque em 2020, Marcelo Moreno e Sassá passaram pelo mesmo tempo de ‘seca’, com 11 jogos. O boliviano ficou 97 dias sem saber o que era comemorar um gol, enquanto o brasileiro enfrentou 117 longos dias. Os dois ainda têm outro ponto em comum: terminaram a temporada sem encerrar o jejum.
Ranking da ‘seca’ dos ex-centroavantes
Gilberto (2023)
- Tempo de jejum: 16 jogos
- Período sem marcar: 130 dias
- Último gol antes do jejum: na vitória sobre o América, por 4 a 0, no Independência, pela 6ª rodada do Brasileiro
- Fim da ‘seca’: em aberto
Fred (2019)
- Tempo de jejum: 16 jogos
- Período sem marcar: 114 dias (de 23 de abril a 18 de agosto)
- Último gol antes do jejum: na vitória sobre o Deportivo Lara, por 2 a 0, na Venezuela, pela fase de grupos da Libertadores
- Fim da ‘seca‘: na vitória sobre o Santos, por 2 a 0, no Mineirão, pela 15ª rodada do Brasileiro
Edu (2022)
- Tempo de jejum: 13 jogos
- Período sem marcar: 71 dias (de 16 de junho a 26 de agosto)
- Último gol antes do jejum: na vitória sobre a Ponte Preta, por 2 a 0, no Mineirão, pela 13ª rodada da Série B
- Fim da ‘seca’: na vitória sobre o Náutico, por 4 a 0, no Independência, pela 26ª rodada da Série B
Marcelo Moreno (2020)
- Tempo de jejum: 11 jogos
- Período sem marcar: 79 dias (de 30 de outubro a 16 de janeiro)
- Último gol antes do jejum: vitória sobre o Paraná, por 2 a 0, no Mineirão, pela 19ª rodada da Série B
- Fim da ‘seca’: terminou a temporada sem marcar
Sassá (2020)
- Tempo de jejum: 11 jogos
- Período sem marcar: 117 dias (de 30 de setembro a 24 de janeiro)
- Último gol antes do jejum: não marcou na volta do empréstimo ao Coritiba
- Fim da ‘seca’: terminou a temporada sem marcar
Hernán Barcos (2018)
- Tempo de jejum: 11 jogos
- Período sem marcar: 53 dias (de 22 de julho a 12 de setembro)
- Último jogo antes do jejum: na vitória sobre o Athletico-PR, por 2 a 1, no Mineirão, pela 14ª rodada do Brasileiro
- Fim da ‘seca’: na vitória sobre o Palmeiras, por 1 a 0, no Allianz Parque, pela ida da semifinal da Copa do Brasil
Borges (2014)
- Tempo de jejum: dez jogos
- Período sem marcar: 112 dias (de 26 de janeiro a 17 de maio)
- Último jogo antes do jejum: não marcou no início da temporada
- Fim da ‘seca’: na vitória sobre o Coritiba, por 3 a 2, no Mineirão, pela 5ª rodada do Brasileiro
Ramón Ábila (2016)
- Tempo de jejum: seis jogos
- Período sem marcar: 31 dias (de 8 de setembro a 8 de outubro)
- Último jogo antes do jejum: na vitória sobre o América, por 2 a 0, no Independência, pela 23ª rodada do Brasileiro
- Fim da ‘seca’: na vitória sobre a Ponte Preta, por 2 a 0, no Mineirão, pela 29ª rodada do Brasileiro
