A 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, que tem início nesta quarta-feira (18/10), será crucial para os planos do Cruzeiro. A meta do clube celeste, anunciada pela SAF no começo do ano, é terminar a competição entre os 12 primeiros colocados. Entretanto, uma combinação de resultados já pode colocar o time bem próximo da zona de rebaixamento.
Ao avaliar a situação do Cruzeiro, o jornalista Mauro Cezar Pereira destacou que a responsabilidade da fase ruim do time é de uma má gestão em um passado recente, quando Wagner Pires de Sá comandou o clube entre 2018 e 2019. Sendo assim, na opinião do comentarista esportivo, o ex-jogador Ronaldo, hoje sócio majoritário da SAF, não conseguirá um milagre para evitar uma nova queda.
O Cruzeiro, que está na 13ª posição da Série A, com 31 pontos, enfrentará o Flamengo do técnico Tite nesta quinta-feira (19/10), a partir das 19h, no Mineirão. Caso seja derrotada, a Raposa pode ficar a apenas um ponto da degola. Isso porque Vasco e Goiás, os dois primeiros times no Z4, têm 27 pontos. O cruzmaltino encara o Fortaleza nesta quarta, no Rio de Janeiro, e o esmeraldino o São Paulo, também nesta quarta, no Serrinha. As vitórias dessas equipes podem representar grande “dor de cabeça” para o clube celeste.
“Se perder para o Flamengo, dependendo do resultado [o Cruzeiro] vai ficar um ponto só à frente da zona da degola. Três anos na Série B, virou SAF e tá lutando para não cair de novo. É culpa do Ronaldo? Acho que não. O Ronaldo não vai fazer milagre. O problema lá é muito grande”, observou Mauro Cezar Pereira, durante participação no canal S1 Live, no YouTube.
Problemas financeiros
Mauro Cezar Pereira também questionou se valeu a pena para o Cruzeiro conquistar duas Copas do Brasil de forma consecutiva – em 2017 e 2018 – ao custo de um planejamento financeiro exacerbado, que não levou a austeridade como princípio fundamental.
“O que foi o Cruzeiro? O Cruzeiro contratou jogadores que não podia pagar, ganhou duas Copas do Brasil. Quando a bomba estourou, teve vários problema ali também, né? Ali foi bater polícia e Ministério Público, uma coisa bem complicada. Mas no aspecto do campo, do time, arrebentou com as finanças também”, ressaltou.
“Salários altíssimos. O clube não tinha como suportar aqueles investimentos. Valeu a pena ganhar duas Copas do Brasil? Tá de novo ameaçado de rebaixamento”, ponderou.
