Os pontos cegos voltaram a ser assunto na Arena MRV. Torcedores do Cruzeiro reclamaram de tapumes instalados ao lado do setor de visitantes, no jogo contra o Atlético, neste domingo (22/10), pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.
As placas de segurança foram colocadas para impedir o contato entre as torcidas rivais, mas tapam parte do campo. Para ver parte da área e a bandeira de escanteio do lado esquerdo, é preciso que os cruzeirenses estejam posicionados na parte mais baixa ou à direita do setor. Em parte das cadeiras do meio e do alto do local, a visão fica obstruída.
Houve bastante reclamações sobre o assunto entre os torcedores do Cruzeiro, que mostravam descontentamento com a equipe de segurança. Outros alvos de reclamação foram a rede de proteção
“É um absurdo. Quando o jogo foi em Uberlândia, o Cruzeiro liberou 15% dos ingressos, bateria, cerveja… tudo para não ter confusão. Aí, chega aqui (na Arena MRV), não tem nem papel higiênico no banheiro, a gente não consegue ver o campo! É complicado, nunca tem reciprocidade”, questionou Vitor, de 24 anos.
CEO do Atlético responde críticas de cruzeirenses
CEO do Atlético, Bruno Muzzi se posicionou sobre as críticas feitas pelos cruzeirenses no clássico na Arena MRV. O dirigente afirmou, em entrevista à Rádio Itatiaia, que as medidas tomadas pelo clube têm intuito de proteger as duas torcidas de possíveis conflitos.
Atlético publica nota oficial sobre as reclamações
Após as declarações de Muzzi, o Atlético soltou uma nota oficial sobre os pontos criticados pela torcida do Cruzeiro. O clube reiterou a necessidade de medidas de segurança. Veja o texto completo abaixo:
“Prezados, sobre as reclamações dos torcedores do Cruzeiro na Arena MRV, o Atlético esclarece que:
Atendendo solicitação do Cruzeiro, acrescido à ata da reunião realizada na FMF, o Atlético reforçou a segurança do setor destinado à torcida visitante, a fim de impedir ação de eventuais danos causados por torcedores naquele local.
As medidas de proibição de venda de bebida alcoólica e retirada de itens dos banheiros foram adotadas com base no monitoramento das forças de inteligência, que apontaram possíveis riscos de atos de vandalismo e depredação do patrimônio”.
