CRUZEIRO

Entre a ‘vida’ e a ‘morte’, Cruzeiro tem tempo como inimigo no Brasileiro

Na zona de rebaixamento pela primeira vez em 2023, Cruzeiro se vê em cenário de 'vida' ou 'morte' no Campeonato Brasileiro

Compartilhe
google-news-logo

Falta menos de um mês para o fim do Campeonato Brasileiro. Mais do que nunca, o relógio passa a ser um inimigo do Cruzeiro, que vê o tempo indo embora como grãos de areia que caem em uma ampulheta. O passar das semanas tem sido cruel para a Raposa, integrante da aterradora zona de rebaixamento pela primeira vez na temporada.

Sobrevivência deve ser o único objetivo nesta reta final. O Cruzeiro precisa resistir a sete missões para permanecer na elite. A equipe treinada por Zé Ricardo enfrenta Coritiba, Fortaleza, Vasco, Goiás, Athletico Paranaense, Botafogo e Palmeiras nos próximos 28 dias.


No fim dessa disputa, nem todos permanecerão de pé. Os duelos com adversários diretos, como Vasco e Goiás, ganharam aspecto de vida ou morte. Com um jogo a menos, a Raposa se encontra na 17ª posição, com 37 pontos – números similares a de pelo menos cinco times da parte de baixo da tabela.

Recursos limitados, adversários difíceis e retrospecto negativo. O cenário em que o Cruzeiro está não é favorável, mas os jogadores dependem apenas das próprias forças para evitar novo rebaixamento. A partida diante do Fortaleza, remarcada para 18 de novembro, é esperança dos mineiros para recuperar os pontos perdidos nas últimas duas rodadas.

A situação irregular do Cruzeiro causa oscilação de sentimentos. Entre o fim de outubro e o início de novembro, os torcedores comemoravam com alívio as vitórias seguidas sobre Atlético (1 a 0) e Bahia (3 a 0), que recolocaram a equipe na briga por uma vaga na Copa Sul-Americana.

O clima de paz não durou muito. Nos dois jogos seguintes, vieram derrotas para São Paulo (1 a 0) e Internacional (3 a 0). A entrada no Z4 após combinação ruim de resultados trouxe de volta o medo da queda. Não há a sensação pior do que ver a vida passar diante dos olhos.

Em muitas culturas, a ampulheta tem conotação filosófica. Além de marcar o tempo, o objeto representa uma metáfora para a luta contra morte. Por isso, perto do fim do Brasileirão, os cruzeirenses torcem para que a reação do time comece antes de toda a areia cair.

Veja quem o Cruzeiro enfrenta nas últimos partidas do Campeonato Brasileiro

  • 34ª rodada: Coritiba x Cruzeiro, na Vila Capanema (11/11)
  • 30ª rodada: Fortaleza x Cruzeiro, no Castelão (18/11)
  • 33ª rodada: Cruzeiro x Vasco, no Mineirão (22/11)
  • 35ª rodada: Goiás x Cruzeiro, na Serrinha (25/11)
  • 36ª rodada: Cruzeiro x Athletico-PR, no Mineirão (29/11)
  • 37ª rodada: Botafogo x Cruzeiro, no Nilton Santos (2/12)
  • 38ª rodada: Cruzeiro x Palmeiras, no Mineirão (6/12)

Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Cruzeiro tem 24% de chance de ser rebaixado à Série B. Para limar as chances de queda, a Raposa precisa somar dez pontos nas sete partidas finais.

Compartilhe
google-news-logo