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Jornalista detona SAF de Ronaldo por saída de Fábio do Cruzeiro

Colunista considera SAF como 'burra' e compara situações: 'Cruzeiro flerta com chance de cair e vê ídolo nos braços de outra torcida'
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A jornalista Milly Lacombe criticou a gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro por abrir mão de Fábio. Em coluna publicada no Uol, nesta quinta-feira (9/11), a comunicadora comparou a situação do clube gerido por Ronaldo Nazário com a do experiente goleiro após a ruptura entre as partes, em 2022.

“Fábio era ídolo no Cruzeiro. Sempre foi um goleiro acima da média capaz de segurar com as mãos o resultado de uma partida. É o cara para quem o time olha e se sente seguro. Não abandonou o Cruzeiro na Série B. Ganhou ainda mais idolatria”, iniciou Milly.

“Executivos e suas planilhas incapazes de contabilizar afetos enxergaram que Fábio era caro demais. Bem, deixaram Fábio ir. Sem uma despedida digna, decente, elegante. SAF não se preocupa com essas externalidades. Festa custa caro. Aqui é planilha, p****!”, ironizou.

“Fábio pousou nas Laranjeiras. Sem suas mãos e seu talento, o Fluminense talvez não tivesse conquistado a América. Fez defesas incríveis, foi líder, foi segurança”, acrescentou a colunista, que considerou a austeridade da SAF cruzeirense como ‘burra’ e ‘catastrófica’.

“O Cruzeiro fez um Brasileirão deprimente. Flerta ainda com a chance de cair. Enquanto isso, um de seus ídolos está nos braços de outra torcida simplesmente porque não cabia nos cálculos burros e rasos dos executivos que não ligam para o futebol e que pensam o jogo exclusivamente através dos números”, concluiu.

Saída do Cruzeiro e título da Libertadores

Ao assumir a administração do Cruzeiro, a SAF gerida por Ronaldo não chegou a acordo para a renovação contratual de Fábio. Ao final da temporada anterior, o ídolo celeste apalavrou novo vínculo com a associação, com a intenção de ultrapassar a marca de 1000 jogos pela Raposa. No entanto, os novos termos propostos pela equipe do Fenômeno resultaram no fim de uma era no gol cruzeirense.

“Eu já tinha renovado com o Cruzeiro, com o presidente atual [Sérgio Santos Rodrigues], antes de viajar de férias. Faltaram detalhes de como ia ser feito o contrato, mas tem até foto minha com o presidente, com a camisa de 1 mil jogos, poderia alcançar essa marca neste ano de 2022”, declarou Fábio, após a saída da Toca da Raposa, no início de 2022.

“Saí de férias, normal, como se estivesse tudo resolvido, porque o que vale para mim é a palavra. Sempre foi assim, desde quando entrei no futebol, minha palavra vale mais do que qualquer assinatura. Infelizmente, eles não tiveram essa mesma conduta, nesta gestão”, complementou.

Fábio era titular do Cruzeiro desde 2005. Ele ganhou 12 títulos: dois Campeonatos Brasileiros, três Copas do Brasil e sete Campeonatos Mineiros. Individualmente, levou os prêmios de melhor goleiro do Brasileiro de 2010 e 2013. Foram 976 jogos com a camisa celeste.

No Flu, o jogador de 43 anos já disputou 120 partidas e coroou a vitoriosa carreira com o título da Copa Libertadores da América, vencido sobre o Boca Juniors, no Maracanã.

Nas Laranjeiras, o mato-grossense também conquistou o bicampeonato carioca (2022 e 2023).

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