Membro da comissão técnica interina do Cruzeiro, Fernando Seabra falou sobre seu futuro após conseguir a permanência do clube celeste na Série A de 2024. A Raposa conseguiu o feito ao empatar por 0 a 0 com o Botafogo, neste domingo (3/12), no Nilton Santos, no Rio de Janeiro, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Seabra evitou criar expectativas quanto à sua continuidade no cargo de treinador ao lado do diretor técnico Paulo Autuori. Juntos, eles comandaram o Cruzeiro em cinco jogos na reta final do torneio nacional, sendo duas vitórias (Fortaleza e Goiás) e três empates (Vasco, Athletico-PR e Botafogo).
“Em relação a minha carreira, vou ser franco. Quando o Cruzeiro me ligou perguntando se eu estaria disposto a aceitar esse momento, não condicionou isso a nada. E eu aceitei de coração aberto e cara limpa. Isso continua valendo. Eu tinha que fazer o meu melhor pelo clube no momento e existia um risco alto por assumir algumas responsabilidades e participar deste momento do clube”, disse.
O ex-comandante do time sub-20 afirmou que a decisão de estender a passagem pelo profissional está exclusivamente nas mãos da diretoria celeste. No entanto, essa definição só deve ser tomada após o término da temporada.
“Esse primeiro momento para mim é realmente o alívio e o foco de que a missão ainda não acabou. Eu acho que cabe à direção, que neste momento nem está pensando nisso e não está preocupada com isso, ela vai saber o momento de avaliar. Não tenho a menor ansiedade em relação a isso. Tenho total confiança no julgamento da diretoria, pois sei que ela vai fazer o que é o melhor para o clube”, concluiu.
Seabra e Autuori salvaram o Cruzeiro do rebaixamento
Seabra e Autuori aceitaram o desafio de tentar salvar o Cruzeiro da queda após muitas rodadas de conversa com a diretoria dias depois da demissão de Zé Ricardo. Eles assumiram a função em 14 de novembro. O auxiliar permanente Vinicius Rovaris também fez parte da difícil missão.
Antes, Seabra já tinha comandado o Cruzeiro em uma única oportunidade neste Brasileiro, quando fez a transição do trabalho de Pepa para o de Zé Ricardo. Ele esteve à beira do campo no empate por 0 a 0 com o Bragantino, no Mineirão, pela 22ª rodada.
Raposa alcançou o primeiro objetivo
Com o empate, o Cruzeiro chegou aos 46 pontos e se manteve na 14ª posição. A permanência celeste foi selada com a derrota do Bahia (17º colocado, com 41) por 3 a 2 para o América, no Independência, em Belo Horizonte.
Sendo assim, a equipe estrelada não poderá ser mais alcançada pelo Bahia, que abre o Z4. O time baiano chegará no máximo a 44 pontos se vencer seu último compromisso diante do Atlético, na Fonte Nova, nesta quarta-feira (6/12), às 21h30.
Chance de Sul-Americana
De acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a probabilidade do Cruzeiro voltar a disputar a Sul-Americana é de 90,1%.
Para disputar o torneio, a equipe estrelada tem que terminar o Brasileirão entre os 14 primeiros colocados. Dos times que estão abaixo do Cruzeiro, o único que ainda pode o ultrapassar é o Santos, que tem 43.
Se perder para o Palmeiras, nesta quarta-feira (6/12), às 21h30, no Mineirão, e o Santos vencer o Fortaleza na 38ª rodada, o time mineiro sairá da zona de classificação para a competição da Conmebol. A partida entre o Alvinegro Praiano e o Leão do Pici será na Vila Belmiro, em Santos.
Nesse cenário, o Santos igualaria o Cruzeiro em pontos e o ultrapassaria na contagem de vitórias (12 contra 11). O número de triunfos é o critério primário de desempate no Brasileirão.