CRUZEIRO

Seabra diz que problema tem feito Cruzeiro jogar com ‘copo meio vazio’

Técnico afirma que o ritmo elevado de partidas tem o atrapalhado na preparação os jogos do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro
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Uma maratona de jogos marca o início da passagem de Fernando Seabra como técnico do Cruzeiro. Com menos de dez dias de trabalho e pouco tempo para treinos, o técnico sente que o time tem jogado com o “copo meio vazio”. A análise sobre a própria situação foi feita após o empate por 1 a 1 com o Fortaleza, nessa quarta-feira (17/4), no Castelão.

Hércules abriu o placar para os visitantes, e Mateus Vital deixou tudo igual no jogo da segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado fora de casa levou o Cruzeiro à marca de quatro pontos no Brasileirão. A Raposa terminou a noite na quinta posição da tabela.


“Existem diferentes dinâmicas (de recuperação) dentro do grupo. Aqueles (jogadores) que possuem menos carga de jogo, demoram menos tempo para recuperar ou já estão aptos a receber uma cargo de treino aquisitiva um ou dois dias depois do jogo. Aqueles que jogam, a recuperação física e mental só fica completa no dia mais quatro. Desde que eu cheguei, a gente jogou de três em três dias. E vai jogar daqui três dias de novo. Então, a gente vai sempre para o jogo com o copo meio vazio”

Fernando Seabra, técnico do Cruzeiro

O treinador chegou ao clube em 9 de fevereiro, para substituir Nicolás Larcamón, demitido do cargo após a derrota para o Atlético na final do Campeonato Mineiro. De lá para cá, Seabra enfrentou o Alianza-COL (3 a 3), pela Copa Sul-Americana, e Botafogo (3 a 2) e Fortaleza (1 a 1), pelo Brasileirão.

Seabra diz que jogadores do Cruzeiro estão fadigados

Na entrevista coletiva do empate com o Leão do Pici, Seabra disse que a falta de tempo para recuperação tem deixado os jogadores do Cruzeiro esgotados. O técnico que sofreu dificuldades na preparação para os últimos duelos e que não consegue trabalhar tudo o que quer com o elenco celeste.

Veja a declaração na íntegra

“Existem diferentes dinâmicas (de recuperação) dentro do grupo. Aqueles (jogadores) que possuem menos carga de jogo, demoram menos tempo para recuperar ou já estão aptos a receber uma cargo de treino aquisitiva um ou dois dias depois do jogo. Aqueles que jogam, a recuperação física e mental só fica completa no dia mais quatro. Desde que eu cheguei, a gente jogou de três em três dias. E vai jogar daqui três dias de novo. Então, a gente vai sempre para o jogo com o copo meio vazio.

E aí o que a gente tem que fazer é compensar essa dificuldade com informação, porque informação gera organização. Existem os coaches individuais. as análises pós-jogo e os trabalhos preparatórios para o campo, a gente coloca os jogadores e faz dinâmicas, vamos dizer, menos intensas. Na véspera do jogo do Botafogo, nem oposição a gente colocou. Só andamos no campo com os jogadores, mostramos os movimentos defensivos e ofensivos do Botafogo e mostramos algumas soluções. Os jogadores só andaram no campo, porque a fadiga era muito grande.

Ontem (terça), a gente conseguiu movimentar um pouco, mas de forma simulada, sem disputa real. Você não tem o parâmetro de tempo e espaço real do jogo. O jogador vai para o jogo com uma ideia, mas não vai preparado. Ele vai entender o que está acontecendo, na velocidade que está acontecendo, na medida em que o jogo evolui. No jogo de hoje (quarta), o Fortaleza mudou a plataforma. A gente está sempre preparado para tudo, mas coloca ênfase em algumas coisas.

Isso gerou dificuldade para a gente ajustar as referências na plataforma em que eles vieram, embora fosse (um estilo) parecido com o do Botafogo. É muito pouco tempo para se preparar para cada jogo. E, na verdade, o que vai ser determinante é sua capacidade de ler e se ajustar ao jogo enquanto ele acontece.”

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