A semana tumultuada do Cruzeiro não terminou mal. No Morumbis, a equipe comandada pelo técnico Leonardo Jardim arrancou empate por 1 a 1 com o São Paulo, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. A postura em campo agradou os bastidores e resgatou ocorrido recente: a reunião de Pedro Lourenço, sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do clube, com alguns atletas surtiu efeito?
Após o compromisso em São Paulo, o volante Lucas Silva, que assumiu espaço de titular e já vestiu a braçadeira de capitão, revelou o tom da conversa com o mandatário celeste, noticiada nessa quinta-feira (10/4). Detalhou, ainda, que os próprios jogadores fizeram sugestão.
Estiveram na sede dos Supermercados BH, em Belo Horizonte, além de Pedrinho, o goleiro Cássio, o lateral-direito William, os volantes Lucas Romero e Lucas Silva, e o atacante Dudu, alguns dos líderes do elenco. O camisa 16, revelado na Toca da Raposa, ressaltou que o grupo foi bem recebido pelo dirigente para uma reunião sincera. Detalhou que em certo momento os jogadores sugeriram um comportamento ‘fechado’, isto é, sem margem para repercussões externas.
“Uma conversa muito boa, muito franca, muito aberta. O presidente é sempre muito bem receptivo com os jogadores. Ele tem o máximo de respeito conosco. E a gente reconheceu o nosso momento, que não é o melhor. Ele faz tudo para nós, entrega tudo do bom e do melhor. A gente disse que vai dar alegria para ele, que a nossa postura também ia mudar. E muito o que sai na imprensa, o que sai para a torcida, para a gente se blindar, para a gente se fechar nesse momento. E ele concordou. Então, a gente se unir, se fechar, não deixar nada de fora tumultuar nosso ambiente, que é muito bom de trabalho. E com essa nossa postura que tivemos hoje no jogo a gente acredita que vai retomar os nossos bons momentos e vitórias”
Lucas Silva, volante do Cruzeiro
Semana tumultuada do Cruzeiro
No domingo passado (6/4), o Cruzeiro visitou o Internacional no Beira-Rio, em Porto Alegre, e perdeu o confronto pela segunda rodada do Brasileiro por 3 a 0. A expulsão do zagueiro Jonathan Jesus ainda no primeiro tempo repercutiu, mas não apagou a partida abaixo dos celestes.
Na quarta-feira (9/4), pensada para ser o dia da redenção, a Raposa recebeu o Mushuc Runa, do Equador, no Mineirão, pela segunda rodada da Copa Sul-Americana. A equipe entrou mal, não criou e foi surpreendida negativamente ao vender barato derrota em casa por 3 a 0.
Naquele momento, uma entrevista de Pedrinho ecoava. O mandatário havia dito que cometeu equívocos nas últimas janelas de transferência: “A realidade mostra para todos. Erramos muito nas contratações. Erramos bastante. Não vou citar nomes porque é deselegante, mas erramos”. Os jogadores negaram que a declaração tenha interferido negativamente nas atuações.
Para completar, na quinta-feira (10/4), integrantes da Máfia Azul se mobilizaram para protestar na Toca da Raposa 2. O elenco e o CEO de futebol do clube, Alexandre Mattos, foram os principais alvos das faixas penduradas, que diziam: “Salário em dia, porrada em falta. Elenco de finados”, “Mattos, pede demissão, mercenário” e “Alexandre Gastos”.
