
O Cruzeiro recebe o Bahia em Belo Horizonte na noite desta quinta-feira (17/4), às 21h30, pela quarta rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Ídolo dos dois times, o ex-atacante Marcelo Ramos passou a paixão pelo futebol ao filho, que vai marcar presença no Mineirão e revelou a torcida para o confronto.
Aos 31 anos, o filho do Flecha Azul carrega o mesmo nome do pai: Marcelo Ramos. Em entrevista ao No Ataque, explicou que também herdou do ex-atacante o carinho por Cruzeiro e Bahia, mas criou mais identificação com o tricolor, clube que vai apoiar no Mineirão nesta quinta-feira.
“Vim muito pequeno para BH, quando meu pai se transferiu para o Cruzeiro. E desde pequeno frequento o Mineirão, sempre tive muito carinho pelo Cruzeiro. Mas, como sou de Salvador, voltei para lá quando meu pai estava prestes a encerrar a carreira. E aí criei um laço muito grande com o Bahia. Ia muito à Fonte Nova, numa época em que o Bahia inclusive jogou a Série C, um período muito difícil”, contou.

Relação com o Cruzeiro
Marcelinho, como é chamado, hoje mora em Belo Horizonte e com frequência vai ao Mineirão para assistir ao Cruzeiro. Na arquibancada, tem como companheiro um outro ídolo celeste: o ex-atacante Roberto Gaúcho.
“Tenho muitos amigos cruzeirenses que me chamam para ir ao estádio. Inclusive tenho uma relação muito boa com o Roberto Gaúcho, que jogou com meu pai no Cruzeiro e mora em Minas. Vou sempre com ele ao Mineirão”
Marcelo Ramos, filho do ídolo do Cruzeiro de mesmo nome
O filho do Flecha Azul ainda ressaltou que este é um dia atípico: “Única vez que eu não torço para o Cruzeiro é contra o Bahia, porque é meu clube do meu coração. Mas quando o Cruzeiro está jogando contra os outros times, sempre torço, porque é um time que marcou não só a vida do meu pai, mas a minha também”.

Cruzeiro x Bahia
Jornalista do portal Bnews e da agência Brand1 Marketing, Marcelinho analisou o momento dos clubes e disse o que espera do confronto. Para ele, o jogo tem tudo para ser equilibrado, com duas equipes que precisam muito da vitória para se recuperar de inícios ruins no Brasileirão.
“O Bahia começou o ano muito bem, se classificou para a fase de grupos da Libertadores. Mas no Brasileiro não vem muito bem, tropeçou em casa duas vezes. Já são três jogos sem vencer, então precisa ganhar de qualquer jeito”, afirmou.
Na semana passada, o tricolor derrotou o Nacional no Uruguai, por 1 a 0, e atingiu feito histórico – foi a primeira vez que o time venceu fora de casa na Libertadores. Na Série A, entretanto, empatou os três confrontos disputados. O Bahia está na 18ª colocação do torneio, com três pontos.
“E o Cruzeiro também precisa da vitória, porque venceu a primeira contra o Mirassol e depois não ganhou mais. São dois times que precisam ganhar hoje, e o jogo está em aberto”, completou o jornalista.
Por fim, Marcelinho ainda arriscou palpites para o duelo. Ele acredita num empate entre Cruzeiro e Bahia no Mineirão, por 1 a 1 ou 2 a 2.
Marcelo Ramos no Cruzeiro
Marcelo Ramos, o pai, é o segundo jogador que mais conquistou títulos com a camisa do Cruzeiro. Foram 14 em três passagens entre 1995 e 2003 – um a menos que o recordista, Ricardinho.

Os troféus mais marcantes foram a Copa do Brasil de 1996, quando ele fez o gol do título sobre o Palmeiras, e a Copa Libertadores de 1997. Depois, ainda participou da Tríplice Coroa no mágico ano de 2003 da Raposa.
Em 1997, Marcelo fez o gol do título estadual sobre o Villa Nova, na vitória por 1 a 0, ocasião em que o Mineirão recebeu o maior público de sua história: 132.834 espectadores.
Nas três passagens pela Raposa, o ex-camisa 9 somou 163 gols em 365 jogos, sendo o sexto maior artilheiro da história celeste.
Marcelo Ramos no Bahia
Natural de Salvador, o ex-atacante foi formado na base do Bahia, pelo qual estreou em 1990 e defendeu até 1994, quando se transferiu para o Cruzeiro.
Depois, na reta final da carreira, Marcelo Ramos retornou ao Bahia, em 2008.
Ao todo, ele disputou 217 partidas com a camisa tricolor e anotou 128 gols – números que o colocam como o oitavo maior artilheiro da história do Bahia.
Além de ter balançado as redes tantas vezes, Marcelo Ramos ganhou o coração dos tricolores ao conquistar o Campeonato Baiano três vezes (1991, 1993 e 1994).