O técnico português Leonardo Jardim já dirigiu equipes em Portugal, na Grécia, na França, na Arábia Saudita, nos Emirados Árabes Unidos e no Catar. Contudo, a vasta experiência internacional não o livra das novidades do futebol no Brasil – onde está há menos de três meses no comando do Cruzeiro.
Nesse domingo (27/4), o treinador de 50 anos demonstrou incômodo com críticas por rodar o elenco celeste em diferentes competições. Ele tem repetido pouco o time e optou por uma escalação recheada de jogadores considerados reservas na última quinta-feira (24/4) contra o Palestino.
O resultado? Derrota por 2 a 1 no Estádio Francisco Sánchez Rumoroso, em Coquimbo, no Chile, pela terceira rodada do Grupo E da Copa Sul-Americana.
Com os titulares de volta, a Raposa venceu o Vasco por 1 a 0 nesse domingo, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Após o jogo, reclamou das críticas.
“Eu vejo aqui no mercado brasileiro, e estou chegando e aprendendo, ouço muito falar: ‘É o rodízio, é isto, são trocas, não trocas…’. No futebol, temos que gerir, porque senão vão começar rupturas, problemas musculares. Aí vamos começar a ficar com menos jogadores e as pessoas vão falar que não houve gestão. Se o treinador faz gestão, (criticam que) é o rodízio”, inciou.
Em seguida, Jardim voltou a elogiar a estratégia de rodar o elenco a fim de reduzir os problemas físicos. Para isso, elevou o tom e saiu em defesa do grupo de jogadores do Cruzeiro.
“Todos os jogadores que estão no plantel do Cruzeiro têm a obrigação, porque estão aqui e foram selecionados para vir para aqui, de competir e de jogar ao mais alto nível. Por isso, eu, quando troco… Por exemplo, na Sul-Americana, troquei alguns jogadores não para enfraquecer a equipe. Eu troquei para ganhar o jogo”, argumentou.
“Não conseguimos ser competentes para ganhar o jogo. Mas foi para ganhar o jogo, porque eu acredito que o elenco tem que ter essa qualidade. Porque ninguém está no Cruzeiro, acho eu, por favor. Não fui eu que construí o elenco, mas acho que ninguém está (aqui) por favor, todos estão por mérito próprio. Se está por mérito próprio, acredito que todo mundo tem qualidade e capacidade de jogar qualquer jogo”, finalizou.
Mais rodízio?
Nesta quinta-feira (1º/5), Jardim terá pela frente mais um desafio em meio à maratona de jogos do calendário brasileiro. Com ou sem rodízio, o Cruzeiro enfrentará o Vila Nova no Mineirão, a partir das 21h30, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
