A pressão parece não fazer parte do cotidiano dos jogadores do Cruzeiro, que adotaram tom de serenidade ao projetar o clássico com o Atlético. As equipes medem forças neste domingo (18/5), a partir das 20h30, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.
Algumas questões norteiam o duelo. O Cruzeiro joga em casa e terá o apoio de mais de 60 mil torcedores para ampliar sequência invicta, que já dura seis partidas, e consolidar ainda mais formação estabelecida pelo técnico Leonardo Jardim. Já o Atlético, comandado por Cuca, além de frustrar a festa do rival, trabalha para engrenar na Primeira Divisão e colar no G4.
Entre os celestes, a tranquilidade parece reinar. O zagueiro Lucas Villalba, o volante Lucas Romero e o atacante Gabi mantiveram o tom de voz tranquilo e não criaram alarde. Consideraram, é claro, a importância dada pela torcida, mas ressaltaram que a postura será a mesma de outros compromissos.
Lucas Villalba
Muitas vezes contestado, Villalba deu a volta por cima e conquistou vaga cativa entre os titulares do Cruzeiro. O zagueiro pontuou que são três dias de trabalho dedicados ao jogo contra o Atlético – entre quinta-feira e sábado.
“Obviamente é importante, é um clássico. Estamos nos preparando da melhor forma possível. A partir de amanhã (quinta-feira) já seguiremos na última parte do trabalho. E tentar levar da melhor forma possível domingo. Vamos dar o máximo como estamos entregando em cada jogo”
Lucas Villalba, zagueiro do Cruzeiro
Lucas Romero
Lucas Romero vive a segunda passagem no Cruzeiro e já criou sentimento de identificação com a torcida. O volante destacou o bom momento da equipe e garantiu que nada mudará.
“Todo jogo é um teste importante para nós. Não é porque é um clássico que vamos mudar nossa postura e energia. Se você ver nosso rendimento dentro de campo, o time em todo jogo está entrando com esse compromisso, atitude, vontade de vencer cada bola. Temos que manter isso. É um jogo importante para nossa torcida, para nós, para dar confiança no time. É importante manter essa sequência para o que vem até a parada”
Lucas Romero, volante do Cruzeiro
Gabi
Apesar de não ter espaço certo entre os 11 iniciais, Gabi tem exibido boas atuações quando acionado – resolveu dois dos últimos três jogos do Cruzeiro. O atacante ressaltou que estão em jogo os mesmos três pontos e garantiu dedicação para frear os rivais.
“É claro que é um clássico, mas vale três pontos iguais. A gente precisa fazer nosso melhor para poder vencer. Sabemos da rivalidade, de como as torcidas ficam durante a semana. Mas temos que ser frios, temos que pensar no jogo, analisar eles taticamente, ver como podemos anular e fazer mal para poder vencer o jogo. E, aí sim, comemorar… Estaremos em casa, com a torcida, estamos em um momento muito bom”
Gabi, atacante do Cruzeiro
Cruzeiro e Atlético no Brasileiro
O Cruzeiro ocupa a quarta colocação no Campeonato Brasileiro, com 16 pontos – são cinco vitórias, um empate e duas derrotas. O Atlético, por sua vez, aparece em sétimo lugar, com 12 pontos – acumula três triunfos, três igualdades e dois tropeços.
Apenas torcida do Cruzeiro no Mineirão
Os cruzeirenses esgotaram os ingressos disponibilizados pelo clube e devem lotar o Gigante da Pampulha, que espera receber 61.312 torcedores. Caso a previsão se confirme, o Cruzeiro terá o melhor público da temporada – a marca atual foi registrada em 9 de fevereiro, quando 60.834 cruzeirenses testemunharam derrota por 2 a 0 para o Atlético, pela sétima rodada do Campeonato Mineiro.
Os celestes serão os únicos nas arquibancadas no Mineirão. Em janeiro do ano passado, membros das diretorias de Cruzeiro e Atlético acordaram a manutenção da torcida única até o fim de 2025 em competições reguladas pela Federação Mineira de Futebol (FMF) e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ou seja, Campeonato Mineiro, Copa do Brasil, Supercopa e Campeonato Brasileiro.
Conforme apurado pelo No Ataque, Pedro Lourenço e Rubens Menin, gestores das SAFs de Cruzeiro e Atlético, respectivamente, tratavam nos bastidores a possibilidade de novo acordo para que os clássicos mineiros voltassem a ter torcida dividida. No entanto, não houve consenso para os confrontos do Campeonato Brasileiro. O cenário deve voltar a ser discutido pelos dirigentes ao fim deste ano, visando a temporada de 2026.
